Lula manchou o Brasil perante o mundo com a recepção que deu ao ditador Maduro
Por
Alexandre Garcia – Gazeta do Povo
| Foto: EFE
Bom dia! Ficou mal para o presidente do Brasil no Congresso Nacional e na política externa a recepção que ele deu a Nicolás Maduro. Todo mundo sabe que não é o que Lula disse, não é preconceito contra ele, nem é uma narrativa, ou seja, uma invencionice o que está acontecendo lá. Todo mundo sabe dos 7 milhões de refugiados, gente que foge de perseguição política, de tortura, de prisão arbitrária, de execuções sumárias por parte da guarda bolivariana, da fome, da desnutrição e da doença. Por exemplo, o presidente do Chile, que é de esquerda, disse que não é verdade o que o Lula disse. No discurso, ele deixou isso bem claro, porque ele próprio conhece a situação dos refugiados venezuelanos que estão no Chile e sabe por que estão lá. Então pegou mal. Pegou mal também dentro do Congresso Nacional a ponto de a gente ver que não apenas os opositores, mas também os eleitores de Lula dentro do Congresso estão se queixando que ele está apoiando um ditador, uma ditadura sanguinária e tentando criar uma narrativa, como ele costuma fazer. Confessou isso, dizendo que tinha 20 milhões de crianças desnutridas pelas ruas do Brasil, etc.
Ele próprio confessa e acha divertido isso, de inventar histórias. Vai ficar muito bom para a TV oficial venezuelana publicar na Venezuela. Lula diz que é tudo mentira sobre Maduro e sobre a Venezuela. Pegou mal, pegou muito mal. É mais uma. Não é estranho, já é usual acontecer isso. E na reunião de ontem ele pregou moeda única para a América Latina, que não seja o dólar. Essa está difícil. O peso argentino precisa de 200 para comprar um dólar, o real brasileiro precisa de 5 para comprar um dólar. E aí?
Bom, enquanto isso, está aí a discussão, comissão da Câmara votando requerimento para saber da Interpol, se o governo brasileiro tem obrigação de prender o Maduro ou não, pois contra ele há ordem de prisão internacional.
A defesa de Deltan
Mas a discussão maior na Câmara agora é o caso
de Deltan Dallagnol. Ele apresentou a defesa dele, mostrando que não
pode ser cassado porque ainda não transitou em julgado. Ele está
recorrendo ao Supremo, mas ele alega que o TSE inventou lei, precisaria
de uma lei complementar para fazer o que fez, porque não foi cumprida a
exigência da lei para caçar registro, que seria ele ter um processo de
punição disciplinar em andamento, e não tem. Ao mesmo tempo, diz que o
julgamento já tinha esgotado os prazos para cassar registro. Então, que
foi totalmente ilegal, disse ele ontem na tribuna, resumindo a defesa
que ele entregou para a Corregedoria da Câmara. Enquanto isso, aumentam
as assinaturas para fazer uma CPI de abuso de autoridade. A Câmara está
com 147 assinaturas, estava ontem, e precisa de 171. E há também uma
campanha do Marcel Van Hatten na rede social, que está com 501 mil
apoios, para contornar a inação do presidente do Senado, que não toca
nenhum requerimento daqueles que pedem um processo para saber porque que
ministros do Supremo não seguem a Constituição, não seguem o devido
processo legal e fica por isso mesmo.
Está todo mundo estranhando ainda. Ontem eu falava com um estrangeiro que dizia mas o Congresso Nacional não faz nada ante essas decisões do Supremo? Falar em ativismo judiciário é usar um eufemismo, é dourar a pílula, é suavizar o que na verdade está acontecendo.
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