quarta-feira, 1 de março de 2023

PARTIDO NOVO VAI USAR PARTE DO FUNDÃO

 


Novo aprova uso de rendimentos do Fundo Partidário
Por
Gazeta do Povo


Convenção Nacional do Novo em 2022. Imagem de arquivo| Foto: Reprodução

O partido Novo aprovou, nesta terça-feira (28), a utilização de recursos dos rendimentos do Fundo Partidário para o financiamento da legenda. O dinheiro irá complementar a receita obtida com as doações feitas pelos filiados. A decisão foi tomada durante a convenção nacional da legenda e teve a aprovação de 85% dos membros que participaram da reunião. As informações foram divulgadas nas redes sociais e no site do Novo.

As mudanças ocorrem após a sigla não ter atingido a cláusula de barreira nas eleições do ano passado. Os rendimentos dos valores recebidos do Tesouro nunca foram gastos desde a fundação do partido, em 2011, pois vinham sendo integralmente depositados em juízo. Mas agora o dinheiro deverá ser sacado mensalmente para custear a legenda e remunerar seus dirigentes.

“Para implementar as mudanças de que necessitamos e para crescer, o orçamento de 2023 prevê o uso dos recursos dos rendimentos do Fundo Partidário, complementando a receita das doações de filiados. Essa decisão foi aprovada por 85% dos membros presentes na Convenção Nacional”.

Outra alteração aprovada pelo Novo diz respeito à gestão da legenda. Até agora era feita por voluntários, mas passará a ficar sob a responsabilidade de profissionais remunerados, com dedicação exclusiva ao partido, e que terão metas a cumprir.

“Precisamos também de pessoas com dedicação exclusiva para buscar, apoiar e ouvir lideranças, candidatos, voluntários, filiados, doadores, e trabalhar diariamente para multiplicar eleitos capazes de mudar a vida de cada vez mais pessoas”, disse o partido.

O Novo informou também que aprovou a modernização das regras de candidatura das chapas para o Diretório Nacional, o encerramento dos repasses de recursos provenientes das filiações à Fundação Brasil Novo, o orçamento para o ano de 2023, e ainda a instalação do Comitê que apresentará à Convenção Nacional regras de governança da execução do orçamento.

Cláusula de barreira
O partido elegeu oito deputados em 2018, mas assistiu ao recuo deste número para três no ano passado. Sem ter superado a cláusula de barreira, o partido foi excluído do fundo e perdeu estrutura legislativa de cargos e gabinetes de liderança.

Devido às restrições atreladas ao desempenho eleitoral, 14 das 31 partidos em atividade, entre as quais o Novo, não terão mais, a partir deste mês, acesso aos recursos dos fundos partidário e eleitoral e à propaganda partidária.

Pela lei, para continuar utilizando os recursos, eles precisariam ter obtido no último pleito ao menos 2% dos votos válidos em todo o país, com no mínimo 1% da votação em nove estados ou, ainda, a eleição de ao menos 11 deputados federais distribuídos em nove estados.

Sem acesso aos recursos do fundo e outros do próprio Parlamento, restritos aos partidos que superaram a cláusula de desempenho ou se refugiaram em federações, restou ao Novo debater – e aprovar – uma questão de natureza quase existencial, que é a vedação ao uso de dinheiro público.

“Com 85% dos votos favoráveis em questões até pouco tempo sensíveis, como o uso dos rendimentos do Fundo Partidário, ficou bastante claro que o partido amadureceu para um novo momento, e terá, de agora em diante, muito mais capilaridade e competitividade frente aos nossos concorrentes”, afirmou o presidente nacional do Novo, Eduardo Ribeiro, em nota encaminhada pelo partido à imprensa.


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