Fase 1
Começam os testes em pessoas da primeira vacina brasileira contra Covid
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Alexandre Garcia – Gazeta do Povo
Voluntário recebeu a dose da primeira vacina genuinamente brasileira em cerimônia nesta quinta-feira (13), em Salvador.| Foto: Neila Rocha/MCTI
A primeira vacina genuinamente brasileira contra a Covid-19 foi aplicada pela primeira vez em voluntários, de forma experimental, nesta quinta-feira (13), em Salvador. Estavam presentes no lançamento da fase 1 o ministro da Tecnologia, Ciência e Inovações, Marcos Pontes, autoridades sanitárias de Salvador e representantes das duas empresas que estão nesse projeto — uma americana e outra indiana.
Nesta primeira fase, com 90 voluntários, 45 receberão placebo e 45 receberão a vacina. Depois de três meses virá uma segunda fase com mais 400 voluntários, quando será feita a avaliação dos resultados, de eventuais efeitos colaterais e de eficácia da vacina. E, depois de um ano mais ou menos, será feita a aplicação na fase 3, com um público bem maior. Esse é o ritmo normal de desenvolvimento de uma vacina.
E que vacina é essa? É esse moderno RNA mensageiro, que mexe com proteínas e tal, desenvolvida aqui mesmo no Brasil. Só que tem uma vantagem sobre as outras: ela tem capacidade de funcionar contra cinco variantes do coronavírus. Diferentemente dessas que ainda estão centradas na primeira, que saiu da “fábrica” e já nem existe mais. Essa vacina brasileira com certeza será aplicada quando já não houver mais essa pandemia e sim as endemias, os surtos, que serão anuais ou sazonais.
Outra boa notícia é que a Fiocruz começou o descongelamento do IFA nacional, o insumo farmacêutico ativo para produção de vacinas da AstraZeneca. Só que não é exatamente nacional, mas sim uma transferência de tecnologia prevista em contrato quando o Brasil comprou as doses da AstraZeneca. A partir de fevereiro, a Fundação Oswaldo Cruz vai estar disponibilizando essa vacina.
Mortes por Covid em 2022
Qualquer pessoa pode acessar o site transparência do registro civil e verificar as causas de morte no Brasil. É lá que se registram as certidões de óbito, onde constam a causa da morte, que é dada pelo legista ou pelo médico.
Pois bem: neste ano, a Covid matou, até quarta-feira (12), 1.214 pessoas. O total das mortes foi 33.033. Ou seja, por causa da Covid, menos de 3,7% das mortes. E quanto mataram as outras doenças respiratórias? 8.207. E doenças cardiovasculares? 7.531 mortes.
Derrota de Biden
A Suprema Corte dos Estados Unidos derrubou a decisão do governo Joe Biden que obrigava os empregadores com mais de 100 empregados a exigir dos trabalhadores a vacina contra Covid para entrar no emprego. A exigência foi derrubada por 6 a 3. A estatística mostra que até hoje apenas 18% dos empregadores exigiam.
Agora, por 5 a 4, um placar mais apertado, a mesma Corte decidiu que os hospitais que recebem verbas públicas, esses sim podem exigir a vacina de seus profissionais de saúde.
Palmas para o barbeiro
Vejam só como as pessoas comuns têm consciência de sua responsabilidade. O barbeiro estava na porta de sua barbearia em Ouro Preto (MG) e percebeu a encosta do Morro da Forca se agitando e o perigo de deslizamento. Ele correu para a rua gritando, logo veio uma funcionária municipal, e mais uma pessoa, e eles passaram a desviar o tráfego dos automóveis e as pessoas.
Em seguida, o talude não resistiu e o Morro da Forca desabou, levando três grandes casarões históricos que já estavam interditados justamente por causa da eminência do desmoronamento.
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