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As NFTs, ou non fundible tokens, são ativos digitais ou reais, negociados por meio de um sistema de Blockchains. Parece papo de criptomoeda? É exatamente o que isso é. O que difere, porém, as NFTs de outras criptos como o Bitcoin é que elas representam o valor de algo real – mesmo que digital – como uma obra de arte ou um meme.
Apesar de não serem uma tecnologia nova (as NFTs existem desde 2012), o tema ganhou força ao longo desse ano. E agora você vai entender o porquê.
Desde a criação do Bitcoin, em 2008, a discussão sobre os criptoativos passa por altos e baixos. Há quem seja early adopter das novas moedas e atue como um evangelista do dinheiro do futuro, e quem acredita que o mercado de cripto é uma bolha econômica prestes a explodir.
As NFTs existem, então, como o meio-termo. Enquanto as moedas digitais têm suas negociações limitadas à quantidade de ativos disponíveis, os tokens não-fungíveis representam um único item – como uma obra de arte, um meme, assets de um jogo, um documento ou mesmo um imóvel. Isso garante que o valor do token esteja diretamente ligado ao valor daquilo que ele representa. Assim como acontece com as cotas de ações de empresas de capital aberto em bolsas de valores.
Apesar de ser uma moeda forte no mundo das artes e dos games, as NFTs não estão limitadas a esses mercados. E aqui vão alguns dos motivos:
Colecionáveis são um mercado que movimentam milhões de dólares: de peças históricas e obras de arte, até action figures e artigos de luxo, o mercado de colecionáveis atinge a públicos completamente diversos, mas que têm em comum um interesse. As comunidades acerca de produtos colecionáveis são ativas e investidas em seus interesses de forma tão intensa, que a crise causada pela pandemia não afetou ao setor.
É mais do que um royalty: com o advento da internet, todo mundo com um acesso à rede mundial de computadores pode ver, acessar e baixar imagens de obras de arte famosas, como a Monalisa. A peça de Leonardo Da Vinci, que pertence ao Museu do Louvre, em Paris, não pode ser vendida. Mas ela pode ter uma NFT atrelada a ela e essa NFT pode ser vendida. Como se trata de uma peça de patrimônio cultural mundial e seu autor não é mais vivo, não há pagamento de royalties caso a NFT seja vendida. Mas em situações em que o autor da peça seja vivo, cada revenda ou negociação de fração gera uma nova receita ao criador da peça.
Não foram só os mundos dos games e das artes que já investiram no formato: aqui no Brasil o mercado imobiliário já está atuando em NFTs. E isso pode mudar todo o setor de compra e venda de imóveis, uma vez que, assim como ocorre em cotas de fundos imobiliários, é possível comprar frações de um imóvel e receber alugueis proporcionais. Mas, além disso, também é possível adquirir um imóvel sem necessariamente ter o valor total dele disponível no momento da compra e nem precisar fazer um financiamento. É um impacto e tanto para o setor.
Além de rastreáveis, são formatos escaláveis: o mercado de games é o que mais explora essa possibilidade. Se um jogo vinculado a NTFs tem boa performance, o valor dos tokens sobe. Se a performance é ruim, é possível rever o plano de negócio e mudar o formato.
O futuro do dinheiro está diretamente ligado ao futuro do trabalho. É preciso estar preparado e antenado para não perder oportunidades interessantes de crescimento por conservadorismo. E ter um time capacitado é um dos principais diferenciais para empresas que querem crescer seus escopos de atuação e share de mercado.
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