segunda-feira, 26 de abril de 2021

UFMG É A MAIS BEM AVALIADA PELO INEP

 

Da Redação portal Hoje em Dia

A UFMG foi considerada a universidade federal mais bem avaliada do Brasil, pela primeira vez, pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). O título vem após análise do Índice Geral de Cursos (IGC) 2019, divulgado na sexta-feira (23).PublicidadePlayvolume00:04/28:12Truvid

“A UFMG sempre esteve entre as primeiras colocadas, mas é a primeira vez que alcança a liderança entre as Instituições Federais de Ensino (Ifes). Na edição ora divulgada, o IGC abrangeu 2.070 instituições de ensino superior, montante que representa cerca de 80% das instituições ativas atualmente no país”, informou a UFMG, em nota.https://4d94cd1007f8c7f01d16e141a2591945.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

De acordo com a instituição, a UFMG mantém IGC 5 (as faixas variam de 1 a 5) desde 2007, quando o índice foi criado. Além disso, nos últimos anos, a universidade vem crescendo no âmbito do índice contínuo. Na edição de 2019, a UFMG alcançou o valor 4,3025 no levantamento, o mais elevado entre todas as federais do país.

Entre as universidades, a UFMG só perde para a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), segundo a avaliação do Inep. Consideradas todas as instituições públicas, incluindo estaduais, municipais e institutos, a UFMG é a quarta mais bem classificada.

O Instituto Militar de Engenharia (IME), com 4,4591 no índice contínuo, aparece em primeiro lugar, seguido da Unicamp, com 4,4250, e o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), com 4,3566.https://4d94cd1007f8c7f01d16e141a2591945.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html

“Vale ressaltar que institutos são organizações bem diferentes das universidades e contam, inclusive, com menos cursos em sua estrutura acadêmica”, ponderou a professora Viviane Santos Birchal, diretora de Avaliação Institucional da UFMG.

IGC

Construído com base em uma média ponderada das notas dos cursos de graduação e pós-graduação de cada instituição, o IGC é o principal indicador utilizado pelo Ministério da Educação (MEC) para atestar a qualidade das instituições, envolvendo seus cursos de graduação, mestrado e doutorado, sejam públicas ou privadas, com ou sem fins lucrativos, municipais, estaduais ou federais.

O índice serve, entre outras coisas, de referência para a definição de políticas públicas e para os processos de autoavaliação institucional, além de ser utilizado pelo MEC como requisito, critério seletivo ou de distinção em seus processos.

“O cálculo do IGC engloba a média do Conceito Preliminar de Curso (CPC) do último triênio avaliado (2017-2018-2019), a média dos conceitos de avaliação dos programas de pós-graduação stricto sensu da instituição, com base em dados da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), e a distribuição dos estudantes entre os diferentes níveis de ensino (graduação ou pós-graduação stricto sensu)”, afirmou Viviane Santos Birchal. 

Conforme a professora, o resultado do IGC reforça o que foi alcançado quando a UFMG passou pelo processo de Recredenciamento Institucional em 2017, obtendo Conceito Institucional (CI) também máximo igual a 5.

A diretora de Avaliação Institucional ressalta, ainda, que a UFMG destacou-se particularmente no conceito médio do doutorado, que forma, junto com o conceito médio de mestrado e com o CPC, o Índice Geral de Cursos (IGC) – o valor alcançado foi 4,9394, o maior entre as universidades federais avaliadas.

Preocupação com o desempenho futuro

Para a reitora Sandra Regina Goulart Almeida, o desempenho da UFMG no IGC é mais uma evidência de sua qualidade e demonstra um crescimento permanente e sustentado, materializado no índice contínuo.

“É uma façanha, da qual devemos nos orgulhar. Afinal, a UFMG e as demais federais vêm enfrentando, desde 2015, cortes sucessivos em seus orçamentos. No entanto, o desempenho em diversos indicadores é crescente, o que é uma prova da nossa resiliência. Isso mostra que o investimento feito nas décadas passadas continua gerando resultados”, declarou a reitora.

Sandra Goulart Almeida demonstra, no entanto, preocupação com o desempenho futuro. “Para mantermos esse excelente resultado, precisamos contar com um orçamento compatível com a nossa capacidade e com investimento sustentado em educação, ciência e tecnologia como política de estado”, defendeu.

Ela lamenta que, no mesmo dia em que a UFMG foi anunciada como a universidade federal mais bem avaliada pelo Inep, confirmou-se também que as Ifes sofrerão novos cortes orçamentários. “Não é apenas o futuro das nossas instituições que está em jogo, mas também o futuro do país. É preciso garantir um orçamento adequado, já neste ano, pois tivemos um papel imprescindível para a sociedade no enfrentamento da maior crise sanitária, econômica e social dos últimos tempos”, disse.

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