Desta vez, presidente informa nome verdadeiro para fazer teste da
covid-19
Agência Estado
©
Marcello Casal Jr/Agência Brasil Após usar codinomes nos três exames anteriores
que fez para detectar a covid-19, em abril, o presidente Jair Bolsonaro
apresentou, desta vez, seu nome verdadeiro ao laboratório. O presidente chegou
a dizer que recorria a codinomes em exames havia "dez anos".
"Sempre falei com o médico: 'Bote o nome de fantasia porque pode ir pra
lá. Jair Bolsonaro'. Já era manjado, principalmente em 2010, quando comecei a
aparecer muito. Alguém pode fazer alguma coisa esquisita", afirmou, em 28
de abril. O Palácio do Planalto não informou porque o mandatário mudou de
estratégia agora.
Em 12 de maio, após o Estadão pedir na Justiça
acesso aos exames do presidente, a Advocacia-Geral da União (AGU) entregou ao
Supremo Tribunal Federal (STF) três exames com resultado negativo. O jornal
argumentava ser de interesse público a saúde do presidente. Apesar de decisões
favoráveis ao Estadão em instâncias inferiores, a Presidência entregou o
resultado dos testes apenas quando o caso chegou ao Supremo.
O primeiro exame, com o codinome "Airton
Guedes", foi feito em 12 de março no laboratório Sabin do Hospital das
Forças Armadas, logo após Bolsonaro voltar de viagem oficial aos EUA.
Pelo menos 23 pessoas da comitiva brasileira que
acompanhou o chefe do Executivo foram infectadas pelo coronavírus.
O segundo teste, com o codinome "Rafael
Augusto Alves da Costa Ferraz", ocorreu em 17 de março. Apesar dos nomes
diferentes, CPF e data de nascimento eram de Bolsonaro. O terceiro teste, no
laboratório Fiocruz em 19 de março, foi identificado como de "Paciente
05", sem dados que o vinculasse ao presidente.
As informações são do jornal O Estado de S.
Paulo.

Nenhum comentário:
Postar um comentário