quarta-feira, 27 de maio de 2020

MINISTRO DA ECONOMIA PENSA EM DAR BÔNUS PARA OS PEQUENOS EMPRESÁRIOS


Guedes pensa em programa para dar até R$ 10 mil para pequenos empresários na forma de bônus

Adriana Fernandes 







© Dida Sampaio/Estadão Guilherme Afif Domingos disse que Guedes pensou 'alto' com programa que dá até R$ 10 mil. 


BRASÍLIA - Depois da polêmica declaração de que ajudar as pequenas empresas a enfrentar a covid-19 dará prejuízo aos cofres públicos, o ministro da Economia, Paulo Guedes, desenha um programa de auxílio emergencial às pequenas empresas no valor de R$ 10 mil para ser acionado, caso o novo programa de crédito, o Pronampe, não funcione.
O dinheiro seria dado a fundo perdido, como doação, na forma de uma espécie de bônus para as empresas que forem adimplentes no pagamento dos impostos depois da pandemia.
Ao Estadão, o assessor especial de Guedes no Ministério da Economia, Guilherme Afif Domingos, disse que o ministro pensou alto com projeto. “É uma ideia. No fundo, no fundo, ele está um pouco decepcionado com o desempenho do sistema financeiro, que em matéria de crédito está dando vexame”, disse Afif. Segundo ele, o tabelamento da taxa de juros do crédito do Pronampe incluído pelo Congresso vai dificultar as operações. O custo da nova linha de crédito é a taxa básica de juros, hoje em 3% ao ano.
Afif disse que o programa de auxílio em estudo seria voltado para microempresas com faturamento anual de até R$ 360 mil. “Seria um auxílio para sobrevivência”, disse Afif,. Ele ponderou, no entanto, que é preciso antes trabalhar com empréstimos convencionais para ver se vão dar certo. Ele enfatizou ainda que um programa desse tipo levaria pelo menos 60 dias para sair do papel.
O assessor também vê má vontade do sistema financeiro e problemas da burocracia estatal. Ainda há definições a serem acertadas na regulamentação do Pronampe para ficar mais claro a cobertura de 85% do Tesouro das operações que foram concedidas e não pagas. Ou seja: se o tomador do empréstimo não pagar, a União cobre 85% do calote; o resto fica com o banco.
Ex-presidente do Sebrae, Afif evitou aumentar a polêmica em torno das declarações de Guedes na reunião ministerial sobre a ajuda aos pequenos empresários. “Eu não sou juiz para fazer critica de ninguém”, disse.
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