PIB do país
decepciona e o de Minas pode ser negativo
Bernardo Almeida
Rebeca Palis, do IBGE, diz que quedas no PIB em
2015 e 2016 ainda não foram anuladas
O Produto Interno
Bruto (PIB) brasileiro somou R$ 7,257 trilhões em 2019, o que representou um
crescimento de 1,1% em relação ao ano anterior. O resultado, divulgado nessa
quarta (4) pelo IBGE, ficou abaixo das previsões do Banco Central e, embora
mantendo altas seguidas desde 2017, foi o pior dos últimos três anos. Já o PIB
per capita variou 0,3%, em termos reais, alcançando R$ 34.533.
A performance da
economia em Minas deve ser ainda inferior à nacional, segundo especialistas. A
Fundação João Pinheiro (FJP) revelará os dados do ano no Estado no dia 16, mas
a previsão não é boa, já que o crescimento mineiro no terceiro trimestre de
2019 foi de -0,2%, enquanto o índice nacional foi de 1%.
“Costuma não haver uma diferença grande do que registramos no terceiro trimestre do ano”, explica o pesquisador da FJP Raimundo Leal. Para ele, “a maior parte da diferença entre Minas e Brasil é efeito da crise da mineração”, após o rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho, em janeiro do ano passado.
“Costuma não haver uma diferença grande do que registramos no terceiro trimestre do ano”, explica o pesquisador da FJP Raimundo Leal. Para ele, “a maior parte da diferença entre Minas e Brasil é efeito da crise da mineração”, após o rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho, em janeiro do ano passado.
Sequência
O crescimento de 1,1% no PIB do Brasil representou o terceiro ano consecutivo de resultados positivos no indicador, após altas de 1,3% em 2017 e em 2018 – o que interrompeu retrações de 3,5% em 2015 e 3,3% em 2016. “São três anos de resultados positivos, mas o PIB ainda não anulou a queda de 2015 e 2016 e está no mesmo patamar do primeiro trimestre de 2013”, analisa Rebeca Palis, coordenadora das Contas Nacionais do IBGE. “A maior contribuição para o avanço do PIB vem do consumo das famílias, que cresceu 1,8%. Pelo lado da oferta, o destaque foi o setor de serviços, que representa dois terços da economia”.
O crescimento de 1,1% no PIB do Brasil representou o terceiro ano consecutivo de resultados positivos no indicador, após altas de 1,3% em 2017 e em 2018 – o que interrompeu retrações de 3,5% em 2015 e 3,3% em 2016. “São três anos de resultados positivos, mas o PIB ainda não anulou a queda de 2015 e 2016 e está no mesmo patamar do primeiro trimestre de 2013”, analisa Rebeca Palis, coordenadora das Contas Nacionais do IBGE. “A maior contribuição para o avanço do PIB vem do consumo das famílias, que cresceu 1,8%. Pelo lado da oferta, o destaque foi o setor de serviços, que representa dois terços da economia”.
Para o economista
Guilherme Tinoco, as retrações de 2015 e 2016 não podem justificar o
crescimento aquém do esperado no ano passado. “A má alocação de capital não
explica porque houve crescimento maior durante o governo Temer. E com muita
ociosidade a expectativa de crescimento é maior, pode-se usar a política
monetária a seu favor”, observa.
Já o presidente da
Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), Marcelo de Souza e
Silva, comemorou crescimento do setor de serviços, de 1,3%, e de 1,8%, do
comércio.
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