Rodovias
concedidas terão a mais alta tecnologia, diz ministro
Agência Brasil
O ministro de
Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, disse hoje (6) que as novas
concessões de rodovias estão sendo desenhadas com o que há de mais avançado no
mundo. Segundo ele, as rodovias Presidente Dutra e Rio-Teresópolis e o trecho
da BR-040 que liga o Rio de Janeiro a Juiz de Fora serão as estradas mais
modernas do Brasil.
"Às vezes as
pessoas pensam que é simplesmente obra rodoviária, que é simplesmente
duplicação, terceira faixa, passagem inferior, mas tem uma quantidade grande de
serviços sendo agregadas. O que tem de tecnologia de informação, o que tem de
monitoramento, de câmera de última geração a cada 500 metros. Vai estar tudo
conectado a um centro de controle e estaremos monitorando de Brasília",
disse.
As rodovias Presidente Dutra e Rio-Teresópolis e o trecho da BR-040 que
liga o Rio de Janeiro a Juiz de Fora serão as estradas mais modernas do Brasil
Tarcísio participou
nesta tarde do 1º Fórum de Desenvolvimento Sustentável da Costa Verde, na
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), na cidade de Seropédica
(RJ). O evento teve como tema “Sem infraestrutura não há desenvolvimento”.
Via Dutra
O ministro fez uma
longa apresentação de detalhes da concessão da Rodovia Presidente Dutra,
conhecida coloquialmente como Via Dutra. Trata-se do trecho da BR-116 que liga
a cidade de São Paulo à cidade do Rio de Janeiro. Desde 1996, a administração
da rodovia é de responsabilidade da concessionária CCR Nova Dutra. O contrato
de concessão de 25 anos está próximo de encerrar.
A nova concessão
deverá durar 20 anos. O Ministério de Infraestrutura prevê R$ 32 bilhões de
investimentos em melhorias na rodovia. A expectativa é de que as obras gerem 10
mil postos de trabalho e garantam uma arrecadação de R$ 2 bilhões em Imposto
sobre Serviços (ISS), beneficiando os municípios por onde a rodovia passa. A
pasta também estima que o pedágio será 20% menor.
Em áreas metropolitanas
do Rio e de São Paulo está prevista a implantação do free flow, modalidade
de cobrança de pedágio operado por meio de sistemas de livre passagem e sem
necessidade de praças de pedágio. O valor cobrado será calculado por quilômetro
rodado. Além disso, está sendo planejado um desconto para o usuário frequente.
Outro elemento que deve ser incluído nas concessões são as obras das marginais,
para que moradores de municípios onde há praças de pedágio tenham uma
alternativa para não serem cobrados por trajetos curtos diários.
"As concessões
serão transformadoras para a questão da segurança pública. Teremos a Nova Dutra
toda iluminada com led, de cabo a rabo. Hoje morre muita gente na Dutra sabe
por que? Atropelamento. E as pessoas são atropeladas porque está escuro. Então,
iluminação é vida. Vamos combater o roubo de carga com monitoramento. Teremos
rodovias extremamente inteligentes. Não é só mobilidade, é mais do que isso. É
segurança também. E nós fomos nos socorrer no Banco Mundial para trazer o que há
de mais moderno no mundo. É um modelo de primeiro mundo", disse.
Tarcísio disse que
uma rodovia moderna produz também uma queda nos gastos com saúde pública.
Segundo o ministro, nas rodovias que foram concedidas entre 2011 a 2018 houve
queda de acidentes de 28%. O maior desafio, de acordo com ele, é prever o que
vai acontecer nos próximos 30 anos. Tarcísio avalia que a concessão da Via
Dutra, uma das primeiras do Brasil, foi muito celebrada após sua implantação,
mas exauriu com o tempo porque as melhoras não foram planejadas de forma
adequada.
"Não tínhamos
conhecimento. Não tínhamos Lei de Concessões. Não tínhamos agência reguladora.
De lá para cá, nós aprendemos muito. Tiramos muitos ensinamentos: o que o
contrato tem que ter, como ele deve ser modelado", disse. Segundo ele,
muitas pesquisas estão sendo realizadas para que sejam levadas em conta as
preferências do condutor, as tendências de tráfego e outros fatores.
Recursos privados
Tarcísio disse ser
preciso separar a questão técnica do populismo. "É muito fácil bater em
pedágio. Mas as coisas não são de graça. O governo federal não tem dinheiro
para investir. Isso é um fato. Estamos comprimidos pelo teto dos gastos. Ao
mesmo tempo há uma necessidade de investir, que não dá pra esperar. E aí temos
que nos socorrer da iniciativa privada. E a conta tem que fechar".
O ministro confirmou
que o pacote de concessão da Via Dutra incluirá a Rodovia Rio-Santos. Trata-se
do trecho da BR-101 que interliga os municípios do Rio de Janeiro a Santos,
dando acesso a diversas cidades dos litorais fluminense e paulista.
"A Dutra é a
única que tem pulmão financeiro para suportar a Rio-Santos, que não tem
capacidade de suportar uma concessão sozinha. Aí podem dizer que é injusto o
usuário da Dutra pagar pela Rio-Santos, mas não é. Isso é política pública. Eu
vou pegar a rodovia que é mais carregada e vou levar investimento e segurança
para aquele segmento onde isso não é possível”, disse Tarcísio. Ele considera
que a melhora do rodovia pode gerar aumento do turismo em Parati e em Angra dos
Reis.
De forma similar, a
Rodovia Raphael de Almeida Magalhães, popularmente conhecido como Arco
Metropolitano do Rio de Janeiro, deverá ser abarcado pela nova concessão da
Rio-Teresópolis, atualmente administrada pela concessionária CRT. Para
Tarcísio, essa foi a solução encontrada para enfrentar o que ele considera o
maior desafio de infraestrutura do Rio: modernizar o Arco Metropolitano.
"Aí vai vir recurso privado com fôlego. Vai substituir toda a iluminação
pública, vai colocar monitoramento".
Rodovias
concedidas terão a mais alta tecnologia, diz ministro
Agência Brasil
O ministro de
Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, disse hoje (6) que as novas
concessões de rodovias estão sendo desenhadas com o que há de mais avançado no
mundo. Segundo ele, as rodovias Presidente Dutra e Rio-Teresópolis e o trecho
da BR-040 que liga o Rio de Janeiro a Juiz de Fora serão as estradas mais
modernas do Brasil.
"Às vezes as
pessoas pensam que é simplesmente obra rodoviária, que é simplesmente
duplicação, terceira faixa, passagem inferior, mas tem uma quantidade grande de
serviços sendo agregadas. O que tem de tecnologia de informação, o que tem de
monitoramento, de câmera de última geração a cada 500 metros. Vai estar tudo
conectado a um centro de controle e estaremos monitorando de Brasília",
disse.
As rodovias Presidente Dutra e Rio-Teresópolis e o trecho da BR-040 que
liga o Rio de Janeiro a Juiz de Fora serão as estradas mais modernas do Brasil
Tarcísio participou
nesta tarde do 1º Fórum de Desenvolvimento Sustentável da Costa Verde, na
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), na cidade de Seropédica
(RJ). O evento teve como tema “Sem infraestrutura não há desenvolvimento”.
Via Dutra
O ministro fez uma
longa apresentação de detalhes da concessão da Rodovia Presidente Dutra,
conhecida coloquialmente como Via Dutra. Trata-se do trecho da BR-116 que liga
a cidade de São Paulo à cidade do Rio de Janeiro. Desde 1996, a administração
da rodovia é de responsabilidade da concessionária CCR Nova Dutra. O contrato
de concessão de 25 anos está próximo de encerrar.
A nova concessão
deverá durar 20 anos. O Ministério de Infraestrutura prevê R$ 32 bilhões de
investimentos em melhorias na rodovia. A expectativa é de que as obras gerem 10
mil postos de trabalho e garantam uma arrecadação de R$ 2 bilhões em Imposto
sobre Serviços (ISS), beneficiando os municípios por onde a rodovia passa. A
pasta também estima que o pedágio será 20% menor.
Em áreas metropolitanas
do Rio e de São Paulo está prevista a implantação do free flow, modalidade
de cobrança de pedágio operado por meio de sistemas de livre passagem e sem
necessidade de praças de pedágio. O valor cobrado será calculado por quilômetro
rodado. Além disso, está sendo planejado um desconto para o usuário frequente.
Outro elemento que deve ser incluído nas concessões são as obras das marginais,
para que moradores de municípios onde há praças de pedágio tenham uma
alternativa para não serem cobrados por trajetos curtos diários.
"As concessões
serão transformadoras para a questão da segurança pública. Teremos a Nova Dutra
toda iluminada com led, de cabo a rabo. Hoje morre muita gente na Dutra sabe
por que? Atropelamento. E as pessoas são atropeladas porque está escuro. Então,
iluminação é vida. Vamos combater o roubo de carga com monitoramento. Teremos
rodovias extremamente inteligentes. Não é só mobilidade, é mais do que isso. É
segurança também. E nós fomos nos socorrer no Banco Mundial para trazer o que há
de mais moderno no mundo. É um modelo de primeiro mundo", disse.
Tarcísio disse que
uma rodovia moderna produz também uma queda nos gastos com saúde pública.
Segundo o ministro, nas rodovias que foram concedidas entre 2011 a 2018 houve
queda de acidentes de 28%. O maior desafio, de acordo com ele, é prever o que
vai acontecer nos próximos 30 anos. Tarcísio avalia que a concessão da Via
Dutra, uma das primeiras do Brasil, foi muito celebrada após sua implantação,
mas exauriu com o tempo porque as melhoras não foram planejadas de forma
adequada.
"Não tínhamos
conhecimento. Não tínhamos Lei de Concessões. Não tínhamos agência reguladora.
De lá para cá, nós aprendemos muito. Tiramos muitos ensinamentos: o que o
contrato tem que ter, como ele deve ser modelado", disse. Segundo ele,
muitas pesquisas estão sendo realizadas para que sejam levadas em conta as
preferências do condutor, as tendências de tráfego e outros fatores.
Recursos privados
Tarcísio disse ser
preciso separar a questão técnica do populismo. "É muito fácil bater em
pedágio. Mas as coisas não são de graça. O governo federal não tem dinheiro
para investir. Isso é um fato. Estamos comprimidos pelo teto dos gastos. Ao
mesmo tempo há uma necessidade de investir, que não dá pra esperar. E aí temos
que nos socorrer da iniciativa privada. E a conta tem que fechar".
O ministro confirmou
que o pacote de concessão da Via Dutra incluirá a Rodovia Rio-Santos. Trata-se
do trecho da BR-101 que interliga os municípios do Rio de Janeiro a Santos,
dando acesso a diversas cidades dos litorais fluminense e paulista.
"A Dutra é a
única que tem pulmão financeiro para suportar a Rio-Santos, que não tem
capacidade de suportar uma concessão sozinha. Aí podem dizer que é injusto o
usuário da Dutra pagar pela Rio-Santos, mas não é. Isso é política pública. Eu
vou pegar a rodovia que é mais carregada e vou levar investimento e segurança
para aquele segmento onde isso não é possível”, disse Tarcísio. Ele considera
que a melhora do rodovia pode gerar aumento do turismo em Parati e em Angra dos
Reis.
De forma similar, a
Rodovia Raphael de Almeida Magalhães, popularmente conhecido como Arco
Metropolitano do Rio de Janeiro, deverá ser abarcado pela nova concessão da
Rio-Teresópolis, atualmente administrada pela concessionária CRT. Para
Tarcísio, essa foi a solução encontrada para enfrentar o que ele considera o
maior desafio de infraestrutura do Rio: modernizar o Arco Metropolitano.
"Aí vai vir recurso privado com fôlego. Vai substituir toda a iluminação
pública, vai colocar monitoramento".
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