Partidos
começam a indicar nomes para comissão da reforma tributária
Agência Brasil
Os partidos
políticos já começaram a indicar representantes para a comissão mista especial
que discutirá a reforma tributária. Os únicos nomes confirmados eram os do
presidente, senador Roberto Rocha (PSDB-MA), e do relator, deputado Aguinaldo
Ribeiro (PP-PB). A indicação deve ser concluída por todos os partidos até o
início da semana que vem, uma vez que a reunião de instalação da comissão está
prevista para a mesma semana.
Pelo Senado, o PSDB
confirmou os nomes de Tasso Jereissati (CE) e José Serra (SP), além do
presidente da comissão, que também é do partido. O PSL indicou seu líder na
Casa, Major Olímpio (SP), e o Podemos confirmou os nomes de Reguffe (DF) e
Oriovisto Guimarães (PR).
Pela Câmara dos
Deputados, o Democratas indicou Luiz Miranda (DF) e o Novo, Alexis Fonteyne
(SP). O PSOL confirmou Fernanda Melchionna (RS), o Podemos indicou Léo Moraes
(RO) e o PSDB, Vitor Lippi (SP).
O número de membros
já mudou duas vezes. Inicialmente, seriam 15 deputados e 15 senadores. Depois,
um acordo elevou o número para 20 parlamentares de cada Casa. Ontem, Aguinaldo
Ribeiro confirmou nova alteração: a comissão terá 25 deputados e 25 senadores.
Prioridade do
governo no Congresso Nacional para este ano, a discussão da reforma tributária
ganhou força no ano passado após a aprovação da reforma da Previdência. Tanto a
Câmara quanto o Senado têm propostas de emendas à Constituição sobre a reforma
tributária: a PEC 45/2019 e PEC 110/2019, respectivamente.
Ambas propõem a
extinção de diversos tributos que incidem sobre bens e serviços. Eles seriam
substituídos por imposto único sobre valor agregado. Os textos serão discutidos
agora na comissão mista especial.
Os parlamentares, no
entanto, aguardam as propostas do governo, algo que o ministro da Economia,
Paulo Guedes, afirmou que fará em duas semanas.
Apesar de haver disposição dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e
do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), de avanço do tema no Congresso, existem
opiniões mais conservadoras a respeito da chance real de uma aprovação rápida.
Para senadores da
Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, o fato de o
governo ter decidido apenas dar contribuições a propostas que já tramitam no
Congresso, em vez de apresentar projeto próprio, pode
atrasar a aprovação.
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