TST declara
greve de petroleiros ilegal; paralisação já dura 17 dias, em 13 estados
Da Redação
Estatal já notificou as entidades sindicais da
decisão e aguarda que todos os empregados retornem ao trabalho imediatamente
O Tribunal Superior
do Trabalho (TST) decidiu, nesta segunda-feira (17), que a greve dos
petroleiros, iniciada há 17 dias, é ilegal. O órgão autorizou a Petrobras a
convocar os empregados para retorno imediato ao trabalho. Segundo o TST, as
entidades sindicais organizadoras do movimento estariam "desrespeitando
ostensivamente a lei e as ordens judiciais".
Na decisão, o TST
afirma “reconhecer (...) a abusividade e ilegalidade do movimento paredista dos
petroleiros, que já dura 17 dias, tem motivação política, e desrespeita
ostensivamente a lei de greve e as ordens judiciais de atendimento às
necessidades inadiáveis da população em seus percentuais mínimos de manutenção
de trabalhadores em atividade”.
Para colocar fim à
paralisação, a corte informa que a Petrobras pode "adotar as medidas
administrativas cabíveis para cumprimento da presente decisão, a partir do
reconhecimento da abusividade da greve e da ilegalidade praticada por aqueles
que nela permanecerem, inclusive com a convocação dos empregados que não
atenderem ao comando judicial, com a aplicação de eventuais sanções
disciplinares”.
A Petrobras já
notificou as entidades sindicais da decisão e aguarda que todos os empregados
retornem às suas atribuições imediatamente.
Na sexta-feira (14),
o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, havia
mantido decisão do ministro Ives Gandra Martins Filho, do TST, que na semana
anterior determinara aos petroleiros que mantivessem 90% dos trabalhadores em
serviço durante greve - o que não teria sido atendido pela categoria.
Balanço do movimento
Antes da publicação
da decisão do TST, nesta segunda, a Federação Única dos Petroleiros (FUP), que
comanda o movimento grevista, informou que a adesão de trabalhadores da área
operacional da Petrobras superava 60% dos trabalhadores.
Havia, de acordo com
a entidade, 21 mil trabalhadores de 121 unidades do Sistema Petrobras, em 13
estados, paralisados. Nesta terça-feira (18), a categoria promoverá marcha em
defesa do emprego, da Petrobrás e do Brasil, a partir das 16h, do Edise até os
Arcos da Lapa, no Rio de Janeiro.
Ainda de acordo com
a FUP, a Comissão Permanente de Negociação formada por Deyvid Bacelar, Cibele
Vieira e Tadeu Porto, da Federação, e Ademir Jacinto, do Sindiquímica-PR,
permanece há 18 dias ocupando pacificamente uma sala do 4º andar do Edise,
aguardando que a Petrobrás abra um canal efetivo de negociações.
A comissão
reivindica a suspensão do fechamento da Fafen-PR e as consequentes demissões de
trabalhadores da fábrica, que a Petrobrás iniciou na última sexta-feira (14/2),
e o cumprimento das negociações relativas ao Acordo Coletivo de Trabalho (ACT),
fechando em novembro de 2019 sob mediação do próprio Tribunal Superior do
Trabalho (TST).
Nenhum comentário:
Postar um comentário