Empresários se lançam contra PECs da reforma tributária
Ao lado do ex-secretário da Receita Federal
Marcos Cintra
e do empresário Flavio Rocha, um grupo de entidades dos setores de
comércio e serviços lançou na segunda, 17, um movimento contra os projetos de reforma
tributária que tramitam no Congresso.
© Helvio Romero/ Estadão Flavio Rocha, empresário
les propõem que seja feita outra reforma, que se
basearia em proposta que Cintra defendia quando estava no governo Jair Bolsonaro,
com desoneração da folha de pagamento e criação de imposto sobre movimentações
financeiras, chamada à época de nova CPMF.
O lançamento do movimento contra as PECs ocorreu no
Clube Esperia, na zona norte de São Paulo, em um momento em que as discussões
para uma reforma tributária voltam a ganhar a força, depois de o presidente da
Câmara, Rodrigo Maia
(DEM-RJ), ter indicado que o tema poderia ser superado ainda
neste ano. Também esteve presente no evento o senador Major Olímpio
(PSL-SP), anunciado pelas lideranças empresariais como o representante
do grupo no Congresso.
Para os empresários dos setores de comércio e
serviços que iniciaram o movimento, os projetos que tramitam no Congresso só
beneficiariam os bancos, as grandes indústrias e o setor de bebidas alcoólicas,
enquanto os setores representados por eles, além do agronegócio, seriam os mais
prejudicados.
“Analisando as duas propostas, chegamos à conclusão
de que a sociedade civil, as empresas, as entidades empresariais e os
trabalhadores não estão sendo ouvidos”, disse Alfredo Cotait, presidente da
Associação Comercial de São Paulo (ACSP), que organizou o encontro.
Rodrigo Maia reagiu: “Não é justo que, em vez de
estarmos em uma grande mesa de debates da sociedade, inclusive dos empresários,
parte dos empresários estarem fazendo campanha contra. Não foi assim que eles
trabalharam na (reforma da) Previdência. Mas a Previdência eles não pagam a
conta”, disse o presidente da Câmara. De acordo com ele, o projeto da reforma
não é aumentar carga tributária, mas simplificar distorções. /COLABOROU
DANIEL WETERMAN, BRASÍLIA
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