Maia diz esperar que reforma tributária esteja resolvida até abril na
Câmara
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Reuters/ADRIANO MACHADO .
SÃO PAULO (Reuters) - O presidente da Câmara dos
Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta quarta-feira que tem a
expectativa de que a reforma tributária esteja resolvida até abril na Câmara e
afirmou que trabalhará para que a reforma administrativa, cuja proposta ainda
precisa ser encaminhada pelo governo, seja aprovada ainda neste ano.
Após palestra a investidores em evento do Credit
Suisse em São Paulo, o presidente da Câmara reconheceu que a reformulação do
sistema tributária não é um tema simples, mas declarou-se otimista com sua
aprovação, fazendo ainda a avaliação de que a eleição municipal de outubro não
atrapalhará a tramitação das reformas.
"Eu acho que até abril a gente tem esse
assunto (reforma tributária) resolvido. Para votar", disse Maia a
jornalistas.
"Eu acho que é uma matéria que não é simples,
eu estou bem otimista mesmo. Mas acho que está na hora de a gente enfrentar e
conseguir avançar na tributária e, quando o governo mandar a administrativa,
dar celeridade", acrescentou.
"A PEC da administrativa quando chegar, pelo
menos é a minha intenção, a celeridade necessária para que a gente possa
aprovar ainda neste ano."
Durante a palestra, Maia também afirmou que a
Proposta de Emenda à Constituição Emergencial, que tramita no Senado, é menos
ambiciosa do que a proposta da Câmara, mas fez a avaliação de que ela deve ser
aprovada pelo Legislativo.
PRIVATIZAÇÕES
O presidente da Câmara foi irônico quando
questionado sobre as críticas de que as privatizações estão em ritmo lento no
governo do presidente Jair Bolsonaro, que teve como uma das bandeiras na
campanha eleitoral a redução do tamanho do Estado por meio da venda de ativos
estatais à iniciativa privada.
"Esse é um problema, todo mundo quer
privatizar até sentar na cadeira. Quando senta na cadeira aí a empresa é
eficiente, é boa", cutucou Maia, que também fez críticas à gestão do
presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães.
"A Caixa Econômica era para fazer um downsize
dela, né? E daqui a pouco vai virar o maior banco do Brasil. Está corajoso o
presidente da Caixa, não está? Se esse juro subir, o Estado brasileiro, vai ter
dificuldade."
Sobre a privatização da Eletrobras ,
cujo projeto está no Congresso, Maia disse que ela deverá enfrentar
dificuldades.
"Acho que a Eletrobras, sendo verdadeiro, nós
temos dois problemas. Ano passado nós tínhamos um problema que é o Senado. Hoje
nós passamos a ter dois. De fato, a Eletrobras, a eleição municipal tem
influência em sua privatização", afirmou.
(Reportagem de Eduardo Simões)
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