Escuta essa, deputado!
Coluna Esplanada – Leandro Mazzini
O ministro da
Educação, Abraham Weintraub, deu provas de que anda antenado, literalmente, no
que falam sobre ele. Há dias, grupo de deputados federais foi ao gabinete
tratar da PEC 15/2015, sobre o novo Fundo de Educação Básica, o bilionário
Fundeb, repassado a prefeituras. Há divergências entre o chefe da pasta e o
presidente da comissão especial, deputado Bacelar (Podemos-BA). Nada andou.
Mas, na saída, numa cena constrangedora, o ministro mostrou o motivo da má vontade
na reunião. Chamou o deputado a sós ao gabinete e mostrou-lhe um áudio de
entrevista a rádio, na qual o parlamentar o desanca. Weintraub, segundo fontes,
pediu retratação de público, e Bacelar se negou. A situação azedou de vez. O
ministro não respondeu à Coluna.
Na escuta
“Houve, de fato,
esse pedido de retratação por parte de Weintraub, mas, por entender que não há
motivos para tal, Bacelar não o fez”, informa a assessoria do deputado.
Sem consenso
A pauta é o
principal motivo de “divergência”, hoje, entre o MEC e a Câmara dos Deputados.
A deputada Dorinha Seabra (DEM-TO) também estava na reunião.
Homônimos
Importante ressaltar
que há dois primos homônimos baianos deputados federais. Bacelar, o mais velho,
foi o alvo do ministro. Não o boa praça João Carlos Bacelar (PL)
Chapa quente
Além de anunciar a
cobrança de tarifas sobre a importação de aço e alumínio do Brasil, o governo
americano não cumpriu a promessa, feita durante o encontro entre os presidentes
Jair Bolsonaro e Donald Trump, em março, de derrubar o embargo à carne bovina
brasileira. Técnicos americanos até vieram ao Brasil, mas mantiveram, em
novembro, o veto que teve início em 2017, após a operação Carne Fraca da PF.
Cadê a fatura?
Uma nova missão virá
ao Brasil nos próximos meses para inspecionar frigoríficos. “Pobre da
História”, como disse Bolsonaro, o Brasil fez, depois do encontro na Casa
Branca, uma série de concessões ao mandatário americano. Em agosto, aumentou em
150 milhões de litros o limite para importação de etanol dos EUA com isenção de
tarifa.
De cima
O presidente do PDT,
Carlos Lupi, e o presidenciável Ciro Gomes vão passar o trator na poderosa
família Queiroz, de Pernambuco, que há anos tem a palavra final nas
candidaturas regionais. No Recife, lançarão o deputado federal Túlio Gadelha a
prefeito da capital. Gadelha também será nomeado presidente do diretório
municipal.
Quem é
Ao quem não
reconhece, o neófito parlamentar é o famoso namorado da apresentadora de TV
Fátima Bernardes. Que tenta, aos poucos, ter brilho próprio. Com ajuda do
chefe.
Do Fundo...
Congressistas correm
para garantir um fundo eleitoral gordo para as eleições de 2020, mas deixam em
segundo plano a recomposição de recursos para ações voltadas à população mais
vulnerável. O Orçamento em discussão prevê redução de investimentos para programas
como o ‘Minha Casa, Minha Vida’ e o ‘Bolsa Família’.
...do nosso bolso
O programa
habitacional poderá ter cerca de R$ 2 bilhões a menos que neste ano: queda
prevista de R$ 4,6 bilhões para R$ 2,7 bilhões. Já o fundo eleitoral, que
abastece campanhas com dinheiro público e aprovado na Comissão Mista de
Orçamento, pode chegar a R$ 3,8 bilhões em 2020.
Brasil-Ásia
A Ásia continuará
como principal parceiro do agro brasileiro, com aumento de exportações e
inclusão de produtos na pauta. A Confederação da Agricultura e Pecuária projeta
investimentos nos escritórios na China (Xangai) e um novo em Singapura.
Limpeza geral
O ex-ministro da CGU
Luís Navarro defendeu a plateia de empresários e líderes de entidades do setor
de Limpeza Urbana e Resíduos Sólidos, em São Paulo, que o Brasil precisa
modernizar ferramentas de combate à corrupção, se quiser estimular as empresas
a fazerem acordos de leniência.
Tem feijoada?
Piada pronta no país
tropical. O preço do feijão passou ontem o do quilo da carne. Vai ter feijoada,
mesmo assim, hoje, Brasil adentro – mesmo com mais água na panela.

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