Continuam as
buscas por aeronave chilena que desapareceu na Antártica
Agência Brasil
Avião C-130 saiu de Punta Arenas para a Base
Presidente Eduardo Frei Montalva
Continuam as buscas pelo avião militar
chileno Hercules C-130, desaparecido na noite de segunda-feira (9), que
saiu de Punta Arenas, no sul do país, para a Base Eduardo Frei Montalva, na
Antártica. A Marinha chilena realiza um intenso trabalho de busca e resgate,
tendo despachado diversos aviões e navios para a região. O Chile está
recebendo ajuda de diversos países, inclusive do Brasil.
O voo, com 38 pessoas a bordo, saiu de
Puntas Arenas às 16h55, tendo feito seu último informe às 17h44 e seu último
registro de localização às 18h13. Após ter se esgotado o tempo de autonomia da
aeronave, ela foi considerada desaparecida pelas autoridades chilenas.
"Ainda não conseguimos
localizá-la. Estamos fazendo todos os esforços imagináveis, humanos e
materiais. Para as famílias, que estão em um momento atroz de dor, daremos todo
o apoio e todas as explicações que merecem. Vamos procurar os 38 passageiros
sem limitar recursos, dia e noite, fazendo tudo o que é humano e técnico ao
nosso alcance", disse o ministro da Defesa, Alberto Espina.
O avião transportava 17 tripulantes e
21 passageiros, em missão de apoio logístico à base na Antártica, para revisar
um oleoduto flutuante de abastecimento de combustível e realizar um tratamento
anticorrosivo nas instalações nacionais no local.
A região onde o avião desapareceu está
localizada em Paso Drake ou Mar de Drake, e é uma extensão de mar de cerca de
800 quilômetros (km), que conecta o Oceano Atlântico ao Pacífico, entre a
América do Sul e a Antártica. Tem uma profundidade média de 3.400 metros. É
considerado um dos lugares mais tempestuosos do planeta, com ventos que superam
os 70 km/h e ondas de mais de 8 metros de altura.
Um comunicado emitido ontem (10) pela
Força Aérea do Chile informa que foram deslocados para a região dois navios
mercantes chilenos, quatro navios mercantes estrangeiros, cinco navios da
Marinha do Chile e 12 aeronaves chilenas. Além disso, participam da busca dois
aviões C-130 - um do Uruguai e outro da Argentina; e duas aeronaves P-3 - uma
da Força Aérea Brasileira e outra do Reino Unido. A aeronave brasileira decolou
do Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, às 7h45 da manhã desta quarta-feira
(11), com pouso estimado em Punta Arenas, no Chile, às 11h30 (horário de
Brasília).
Ainda foram enviadas duas órbitas de
satélite dos Estados Unidos para captura de imagem e uma órbita diurna por
satélite FASat Charlie. A Marinha do Brasil enviou também o navio polar
Almirante Maximiano para ajudar nas buscas ao avião. O Ministério da Defesa
brasileiro informou que a embarcação já chegou ao local da possível queda do
avião chileno e já realiza busca visual, por radar e por ecobatímetro
(dispositivo utilizado para detectar objetos no fundo do mar).

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