México concede asilo político a Evo Morales
Da Redação
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AP/AP In this photo provided by the Agencia Boliviana de Informacion, Bolivian
President Evo Morales speaks from the presidential hangar in El Alto, Bolivia,
Sunday, Nov. 10, 2019. Bolivia's military chief Gen. Williams Kaliman said that
President Evo…
O México
anunciou nesta segunda-feira, 11, que concedeu asilo político a Evo Morales.
Segundo o ministro de Relações Exteriores mexicano, Marcelo Ebrard, o
ex-presidente da Bolívia pediu proteção um dia depois de renunciar ao cargo
por pressão popular, de opositores, militares e policiais.
“Informo que há pouco recebi uma ligação do
presidente Evo Morales, mediante a qual respondeu ao nosso convite e solicitou
verbal e formalmente o asilo em nosso país”, confirmou o chanceler em
entrevista coletiva.
Não se sabe se Evo Morales já deixou a Bolívia. O
México havia feito a oferta de concessão de asilo logo após a renúncia do
ex-presidente.
Segundo Ebrard, o asilo foi concedido para garantir
a “segurança e a vida” de Morales e que “sua integridade pessoal não seja posta
em perigo”.
O governo afirmou mais cedo nesta segunda que
reconhece Evo Morales como presidente “legítimo”, e denunciou que sua renúncia
se deve a um “golpe” dado pelo Exército, o que classificou como um grave
retrocesso para a região.
Morales anunciou neste domingo 10 sua renuncia à
presidência da Bolívia após quase 14 anos no poder, diante da onda de protestos
nas últimas semanas após acusações de fraude nas eleições realizadas no último
dia 20 de outubro.
Mais cedo no domingo, a Organização dos Estados Americanos
(OEA) recomendou a repetição do primeiro turno das eleições e Morales anunciou
que o pleito seria realizado novamente com um Tribunal Supremo Eleitoral
renovado. Logo depois, contudo, os chefes das Forças Armadas e da
Polícia pediram publicamente que o presidente renunciasse, para colocar fim à
onda de violência.
Além de Morales, o vice-presidente da Bolívia,
Álvaro García Linera, também renunciou ao cargo. Os próximos na linha de
sucessão ao cargo de presidente, que seriam o presidente do Senado e da Câmara
dos Deputados, também pediram demissão, assim como o vice-presidente do Senado.
Na noite de domingo, a senadora da
oposição Jeanine Añez, segunda vice-presidente do Senado, reivindicou o
direito de assumir a presidência.
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