Câmara dos EUA
formaliza inquérito de impeachment contra Trump
Estadão Conteúdo
A Câmara dos Deputados dos Estados
Unidos aprovou por 232 votos a 196 as regras para a abertura formal de um
inquérito de impeachment contra Donald Trump. Na prática, a medida formaliza a
investigação contra o presidente.
Com isso, a partir de agora, as sessões serão tornadas públicas. Apenas dois democratas votaram contra a medida e todos os republicanos votaram contra.
A presidente da Câmara, a democrata Nancy Pelosi, defendeu o processo do impeachment e afirmou que é dever dos parlamentares proteger a Constituição americana.
"O que está em jogo não é nada menos do que a nossa democracia", disse.
O líder da minoria republicana na Câmara, Kevin McCarty, disse que o presidente não cometeu nenhum crime passível de impeachment.
"Os democratas estão assustados porque não podem derrotá-lo nas urnas", disse.
A Casa Branca, por sua vez, acusou os democratas de não respeitar o devido processo legal nas investigações preliminares.
Um
comunicado divulgado pela Casa Branca afirma que, com a votação desta
quinta-feira, 31, na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, que aprovou
uma fase pública do processo de impeachment do presidente Donald Trump, os
democratas "nada fizeram além de consagrar violações inaceitáveis ao
devido processo das regras" da casa.
"Os democratas querem dar um veredicto sem dar ao governo a chance de montar uma defesa. Isso é injusto, inconstitucional e fundamentalmente antiamericano", diz o comunicado.
O texto aponta que a presidente da Câmara, a democrata Nancy Pelosi (Califórnia), e o presidente do Comitê de Inteligência, o também democrata Adam Schiff (Massachusetts), além dos demais membros do partido, "realizaram reuniões secretas, a portas fechadas, impediram a administração de participar e agora votaram na autorização de uma segunda rodada de audiências que ainda não fornecem qualquer processo devido à administração".
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