Ataques a instalações petrolíferas sauditas destroem metade da produção
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Redação, com Reuters
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ReutersStringer Ataques prejudicam temporariamente grande parte da capacidade
de produção do país
O grupo Houthi, do Iêmen,
alinhado ao Irã, disse ter atacado duas grandes instalações petrolíferas
no centro da indústria de petróleo da Arábia Saudita ontem (14),
destruindo mais da metade da produção do reino saudita, em uma ação que deverá
elevar os preços do petróleo e aumenta as tensões no Oriente Médio.
Os ataques reduziram a produção do reino em 5,7
milhões de barris por dia (bpd), de acordo com comunicado da empresa estatal de
petróleo Saudi Aramco, ou mais de 5% do suprimento global de petróleo.
Os ataques ocorrem após outros ataques
transfronteiriços às instalações de petróleo sauditas e a navios petroleiros
nas águas do Golfo, mas estes foram os mais atrevidos até agora, prejudicando
temporariamente grande parte da capacidade de produção do país. A Arábia
Saudita é o maior exportador do mundo, transportando mais de 7 milhões de
barris de petróleo para destinos globais todos os dias.
Embora os houthis tenham assumido a
responsabilidade pelo ataque, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo,
atribuiu a culpa ao Irã, escrevendo no Twitter que “não havia evidências de que
os ataques vieram do Iêmen”.
“Em meio a todos os pedidos por redução (na
tensão), o Irã agora lançou um ataque sem precedentes ao suprimento mundial de
energia”, afirmou Pompeo.
O príncipe herdeiro de fato, Mohammed bin Salman,
disse ao presidente dos EUA, Donald Trump, por telefone que Riad possui desejo
e capacidade de “enfrentar e lidar com essa agressão terrorista”, de acordo com
a agência de notícias estatal SPA.
Os Estados Unidos condenaram os ataques, e Trump
falou ao príncipe herdeiro que Washington está pronta para trabalhar com o
reino para garantir sua segurança, segundo a Casa Branca. O Departamento de
Energia norte-americano também informou estar preparado para liberar petróleo
de sua reserva estratégica, se necessário.
A Arábia Saudita, que lidera uma coalizão muçulmana
sunita no Iêmen contra os houthis desde 2015, culpou o rival regional xiita Irã
por ataques anteriores, o que Teerã nega. Riad acusa o Irã de armar os houthis,
acusação negada pelo grupo e por Teerã.

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