Deputados e senadores reagem a declaração de Janot
sobre Gilmar Mendes
Estadão Conteúdo
A declaração do
ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, que disse ter ido armado para
uma sessão do Supremo Tribunal Federal (STF), em 2017, com a intenção de matar
a tiros o ministro Gilmar Mendes, causou reação de deputados e senadores.
Em um evento no Rio nesta sexta-feira, (27), o presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ) desabafou: "Hoje descobrimos que o procurador-geral queria matar ministro do Supremo. Quem vai querer investir num país desse?". O assunto também ocupou, na manhã dessa sexta, a lista dos tópicos mais comentados no Twitter.
Nas redes, parlamentares falam de Janot e Gilmar Mendes, desde uma manifestação de solidariedade até anotações de que a fala do ex-procurador teria sido 'irresponsável'.
"Não ia ser ameaça não. Ia ser assassinato mesmo. Ia matar ele e depois me suicidar", afirmou o ex-PGR em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo nesta quinta-feira, 26.
A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) manifestou solidariedade a Janot e afirmou que Gilmar Mendes 'sempre teve pouco escrúpulo'.
Já o deputado federal Zeca Dirceu (PT-PR) considerou as declarações do ex-PGR "irresponsáveis" e indicou que a declaração poderia influenciar outras pessoas. A deputada Erika Kokay (PT-DF) anotou: "É o império da barbárie".
O senador Eduardo Braga (MDB-AM) pediu paz: "Quando o ódio dá lugar aos argumentos diante das divergências, chega a hora de repensar se o extremo é mesmo o melhor caminho a ser seguido. Por mais paz e por mais exemplos de engrandecimentos do ser humano."
O presidente da
Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, comentou na manhã desta sexta-feira, (27),
as declarações do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, que disse, na
véspera, ter pensado em matar o ministro do STF Gilmar Mendes. "Hoje
descobrimos que o procurador-geral queria matar ministro do Supremo. Quem vai
querer investir num país desse?", questionou Maia em evento no Rio.
Ao arrancar risadas da plateia, o parlamentar complementou: "Pelo menos a Polícia Federal já devia ter retirado o porte de arma dele para a gente ficar mais tranquilo."
Após a palestra, a imprensa pediu para Maia analisar mais a fundo as declarações de Janot. "Sei lá", divagou o deputado. "Não se pode nem mais brincar..."
Outro alvo de críticas de Maia foi o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. "O ministro do Meio Ambiente nega os dados técnicos do Inpe, esse é o Brasil que nós temos", disse, também no contexto de crítica à insegurança que o País gera aos investidores.
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