Senado aprova divisão de
recursos do pré-sal e beneficia Rio
Mateus Maia
© Marcos Oliveira
Texto foi aprovado pelo plenário do Senado nesta 3ª (3.set)
O Senado Federal aprovou nesta 3ª feira (3.set.2019) o projeto que
determina a divisão dos recursos do excedente do pré-sal com Estados e
municípios. A matéria determina a divisão dos recursos do megaleilão do pré-sal
com Estados e municípios. A rodada está agendada para 6 de novembro.
Foi aprovado o texto-base da PEC (Proposta de Emenda à
Constituição) 98 de 2019 em 1º turno por 74 votos a favor e nenhum
voto contrário. No 2º turno, foram 69 votos a 0. O texto agora volta para nova
análise da Câmara dos Deputados.
O projeto retornará para a Câmara por conta de uma emenda do senador
Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) que foi aprovada pela Casa.
O governo cedeu na divisão dos recursos em 3% para beneficiar os Estados
produtores. O próximo leilão do pré-sal tem o Rio como Estado produtor, base
eleitoral do presidente Jair Bolsonaro, de seu filho Flávio, e do presidente da
Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), um dos articuladores da adoção desta divisão.
A PEC definiu a seguinte divisão de recursos: 67% para a União, 30% para
todos os Estados e municípios e 3% para Estados produtores.
A previsão do governo é arrecadar até R$ 106,6 bilhões. Esse é
o valor que o texto reparte entre Estados, municípios e União. Seriam, a
princípio, 70% para o governo federal, 15% para os Estados e outros 15% para as
cidades. O governo, contudo, aceitou abrir mão de 3% dos recursos do megaleilão
do pré-sal para Estados produtores depois de reunião de líderes do Senado.
“O Rio que receberia na proposta original R$ 300 milhões, vai receber a
mais R$ 3 bilhões referente aos 3% que a gente está colocando na PEC”, disse Flávio.
O texto também autoriza o pagamento de US$ 9,1 bilhões à Petrobras
pela revisão do contrato da cessão onerosa. O acordo, assinado em 2010,
permitiu que a estatal explorasse petróleo em 6 blocos na Bacia de Santos no
pré-sal sem licitação. por conta da desvalorização do preço do barril de
petróleo no mercado internacional, contudo, o governo concluiu que a empresa
deverá ser ressarcida.
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