Com Amazônia em foco e líder indígena na comitiva, Bolsonaro viaja a NY
Da Redação
© Marcos Corrêa/PR/Divulgação O presidente Jair
Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro
viaja nesta segunda-feira 23 para Nova York, onde participará da
Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU) na manhã da terça-feira. A questão
ambiental deve ser o centro do discurso do presidente que abrirá o evento, às
10h desta terça (horário de Brasília). Sinalizando essa direção, o Planalto
incluiu na comitiva Ysani Kalapalo, moradora de uma aldeia no Parque
Indígena do Xingu, no Mato Grosso, que é simpatizante das ações do governo na
Amazônia – ao contrário de outros representantes indígenas, como o cacique Raoni.
Mesmo em recuperação após cirurgia
para retirada de uma hérnia abdominal – provocada pela facada que sofreu na
campanha eleitoral de 2018 – o presidente teve liberação médica para embarcar. De acordo com sua agenda
oficial, Bolsonaro parte de Brasília com destino a Nova York às 7h e desembarca
durante a tarde na cidade americana.
Emlive nas redes sociais na última semana, Bolsonaro prometeu
promete fazer uma apresentação “bastante objetiva, diferente de outros
presidentes” que o antecederam. “Ninguém vai brigar com ninguém lá, podem ficar
tranquilos”, disse.
“Tá na cara que eu vou ser cobrado,
porque alguns países me atacam, de uma maneira bastante virulenta, dizem que eu
sou o responsável pelas queimadas aí pelo Brasil. Nós sabemos, pelos dados
oficiais, que queimada tem todo o ano, infelizmente. Quer que faça o que? Tem”,
disse o presidente.
“(Ocorrem queimadas) Até por
uma questão de tradição. Não só o caboclo toca fogo no roçado, para plantar uma
coisa, no tocante à sobrevivência. O índio faz a mesma coisa. Mas tem aqueles
que fazem de forma criminosa. Agora, como combater tudo isso sem meios na
região Amazônica, que pega, se eu não me engano, 10 estados, maior que a Europa
Ocidental? É complicado”, acrescentou.
Neste domingo, o ministro do Meio
Ambiente, Ricardo Salles – que já está nos Estados Unidos – reforçou o objetivode tratar da questão ambiental no
discurso brasileiro, tradicionalmente reservado para abrir as assembleias
anuais da ONU.
“O Brasil tem muita coisa pra mostrar
na Assembleia da ONU. Nós somos o país mais sustentável, com grandes práticas.
O que nós vamos mostrar é que não só aquilo que nós já temos feito, mas também
tudo aquilo que nós podemos fazer”, declarou.
De acordo com o Itamaraty, ainda não
está na agenda oficial um jantar com o presidente americano, Donald Trump, anunciado
por Bolsonaro. O americano receberá chefes de Estado em um jantar na noite de
segunda-feira, 23.
Bolsonaro ainda se recupera de uma cirurgia feita
no último dia 8. A equipe médica do Planalto acompanhará o presidente na
viagem. A imprensa não terá acesso à entrada do hotel Intercontinental, onde o
presidente estará hospedado. Não há previsão de entrevistas aos jornalistas.
A cirurgia para correção da hérnia, no
hospital Vila Nova Star, em São Paulo, foi a quarta a que Bolsonaro foi
submetido após o atentado contra ele durante a campanha presidencial. Ele havia
sido internado na noite de 7 de setembro e teve alta na segunda-feira 16.
A primeira-dama,Michelle Bolsonaro, terá uma agenda paralela no evento. Na
segunda-feira, ela se reúne com outras primeiras-damas na missão diplomática do
Paraguai. Na terça-feira, depois de acompanhar Bolsonaro na Assembleia-Geral,
ela vai a um evento da UNICEF.
(Com Estadão Conteúdo)

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