Manifestantes pró-democracia mantêm pressão e mobilização em Hong Kong
Ativistas invadiram ruas em marcha não autorizada e seguem com protestos
no aeroporto internacional.
Por France Presse
Manifestantes pró-democracia constroem
barricada em ruas de Hong Kong — Foto: Anthony
Ativistas
pró-democracia de Hong Kong mantiveram a pressão neste sábado (10), com uma
marcha não autorizada, enquanto os protestos no aeroporto internacional
continuaram a alertar os visitantes sobre o objetivo do movimento que entra em
seu seu terceiro mês.
Centenas de
manifestantes, que levaram seus filhos, se reuniram no distrito de Tai Po dos
Novos Territórios (norte) para uma marcha não autorizada.
Muitos deles
vestidos de preto e usando máscaras ou máscaras de gás pediam "salvem Hong
Kong da tirania" em frente a uma delegacia protegida pela polícia usando
equipamento antidistúrbios.
Na véspera, chefe de
governo de Hong Kong, Carrie Lam, advertiu que as manifestações pró-democracia
dos últimos dois meses estão provocando uma tormenta econômica na cidade, mas
descartou concessões aos ativistas.
"No que se
refere a uma solução política, não acho que tenhamos que fazer concessões para
silenciar os manifestantes violentos", declarou Carrie em uma entrevista
coletiva convocada após se reunir com líderes empresariais.
Na sexta,
completaram-se dois meses do início das mobilizações, deflagradas por um grande protesto contra um projeto de lei de
extradição.
A pauta do movimento
acabou se ampliando e passou a incluir demandas por mais justiça e democracia.
Hong Kong vive sua
maior crise política desde que foi devolvida por Londres à China, em 1997. As
manifestações quase diárias causam cada vez mais confrontos entre grupos
radicais e a polícia.
O polêmico projeto
de lei foi suspenso, mas os manifestantes continuam reivindicando sua retirada
definitiva. Também pedem a renúncia de Lam e a designação de um sucessor por
meio do sufrágio universal, em vez de nomeações feitas por Pequim.
Além disso, exigem
uma investigação sobre a violência policial e sobre abusos da Justiça, diante
das centenas de detenções das últimas semanas.
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