sábado, 10 de agosto de 2019

MANIFESTANTES EM HONG KOMG QUEREM DEMOCRACIA


Manifestantes pró-democracia mantêm pressão e mobilização em Hong Kong
Ativistas invadiram ruas em marcha não autorizada e seguem com protestos no aeroporto internacional.

Por France Presse





Manifestantes pró-democracia constroem barricada em ruas de Hong Kong — Foto: Anthony 


Ativistas pró-democracia de Hong Kong mantiveram a pressão neste sábado (10), com uma marcha não autorizada, enquanto os protestos no aeroporto internacional continuaram a alertar os visitantes sobre o objetivo do movimento que entra em seu seu terceiro mês.
Centenas de manifestantes, que levaram seus filhos, se reuniram no distrito de Tai Po dos Novos Territórios (norte) para uma marcha não autorizada.
Muitos deles vestidos de preto e usando máscaras ou máscaras de gás pediam "salvem Hong Kong da tirania" em frente a uma delegacia protegida pela polícia usando equipamento antidistúrbios.
Na véspera, chefe de governo de Hong Kong, Carrie Lam, advertiu que as manifestações pró-democracia dos últimos dois meses estão provocando uma tormenta econômica na cidade, mas descartou concessões aos ativistas.
"No que se refere a uma solução política, não acho que tenhamos que fazer concessões para silenciar os manifestantes violentos", declarou Carrie em uma entrevista coletiva convocada após se reunir com líderes empresariais.
Na sexta, completaram-se dois meses do início das mobilizações, deflagradas por um grande protesto contra um projeto de lei de extradição.

A pauta do movimento acabou se ampliando e passou a incluir demandas por mais justiça e democracia.
Hong Kong vive sua maior crise política desde que foi devolvida por Londres à China, em 1997. As manifestações quase diárias causam cada vez mais confrontos entre grupos radicais e a polícia.
O polêmico projeto de lei foi suspenso, mas os manifestantes continuam reivindicando sua retirada definitiva. Também pedem a renúncia de Lam e a designação de um sucessor por meio do sufrágio universal, em vez de nomeações feitas por Pequim.
Além disso, exigem uma investigação sobre a violência policial e sobre abusos da Justiça, diante das centenas de detenções das últimas semanas.

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