Bolsonaro diz que vai trabalhar pela modernização
do Mercosul
Agência Brasil
Ao discursar na
sessão plenária da 54ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul, em Santa Fé, na
Argentina, o presidente Jair Bolsonaro disse que vai trabalhar para acelerar a
modernização do bloco sul-americano. Durante o encontro, o Brasil vai assumir a
presidência pro tempore (rotativa) do grupo pelos próximos seis
meses.
“Quero aproveitar a
ocasião para firmar o compromisso do meu governo com a modernização e a
abertura do nosso bloco, fazendo dele um instrumento de comércio com o mundo,
sem o viés ideológico que tanto critiquei enquanto parlamentar. Vencemos essa
barreira, e a conclusão do acordo de livre comércio com a União Europeia é
resultado concreto dessa nova orientação”, disse.
Após o acordo com a
União Europeia, Bolsonaro disse que o bloco planeja concluir as negociações com
a Associação Europeia de Livre Comércio e avançar nas conversas com o Canadá, a
Singapura e com a Coreia.
O presidente
destacou o acordo assinado hoje (17) que elimina a cobrança
de roaming internacional de serviços de telecomunicações entre
pessoas que residem nos países-membros do bloco. “Temos aí um exemplo da
diferença para melhor que o Mercosul pode fazer no cotidiano do cidadão,
eliminando dificuldades e burocracias.”
Bolsonaro também disse
que o Brasil vai continuar o trabalho da presidência pro
tempore argentina de revisão da tarifa externa comum (TEC) para a
modernização da política comercial do Mercosul e de reforma institucional do
bloco com enxugamento do número de órgãos. “Para que sigamos colhendo frutos,
precisamos trabalhar por um Mercosul enxuto e dinâmico”, defendeu.
O presidente também
afirmou que, à frente da presidência rotativa do grupo, vai focar nas
negociações externas. “Compartilhamos a visão de que para cumprir seu papel de
motor do desenvolvimento o nosso bloco deve se concentrar em três áreas: as
negociações externas – aí com grande apoio do meu ministro das Relações
Exteriores, no zelo das indicações das embaixadas também sem o viés ideológico
do passado. E quem sabe um grande embaixador nos Estados Unidos brevemente.
Então, focamos nisso, na nossa tarifa externa comum e em nossa reforma
institucional.”
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