As duas faces dos psicopatas
Simone Demolinari –
Leandro Mazzini
É comum pensar que
psicopatas são pessoas deliberadamente ruins, criminosas ou assassinas. Isso é
um equívoco. Existem, sim, os psicopatas bandidos. Contudo, há também aqueles
que sequer praticam um ato de violência. Cometem “crimes” emocionais: matam a
paz, a alegria e a autoestima.
Psicopatia não é algo distante. Pode estar ao nosso lado; em homens, mulheres, colega de trabalho, profissional renomado, nossa família ou em um par amoroso.
Iniciar uma relação com psicopata é fácil. São pessoas sedutoras, agradáveis, divertidas, boas companhias, ótimos amantes, se declaram com facilidade e fazem planos para o futuro em um curto espaço de tempo. Com toda essas características, se apaixonar é o mais provável. Parecem pessoas perfeitas, mas com o passar do tempo vai se descobrindo uma outra realidade.
Um dos traços marcantes da personalidade é a ausência de remorso e culpa. Isso os fazem reincidentes nos erros e descumpridores de combinados. São também pessoas egoístas, focadas nos próprios interesses e sem empatia (ou seja, com dificuldade de se colocar no lugar do outro). Apesar de se dizerem sinceros e verdadeiros (e exigirem isso dos outros), são mitomaníacos (mentirosos compulsivos) e quando desmascarados não ficam constrangidos; muito pelo contrário, se defendem culpando ou desqualificando quem os desmascarou. Outra dualidade reside no fato de serem pessoas doces e ao mesmo tempo cruéis. Um misto de maravilha com terror.
Não há saúde psíquica que resista à convivência com psicopatas
Muitos perguntam se há uma forma de descobrir essa característica antes de se relacionar. Seria o ideal, mas é muito difícil. As características vão se mostrando aos poucos e, muitas vezes, as pessoas não têm sagacidade suficiente para percebê-las ou, por estarem apaixonadas, acabam negligenciando comportamentos reveladores.
Um bom exemplo dessa negligência é o ciúme. Psicopatas, em geral, tanto faz se mulheres ou homens, são muito ciumentos, e isso, no começo de uma relação, é confundido com amor. Só com o tempo é que fica claro que não era amor e sim manipulação e controle. Aliás, uma coisa curiosa é que além de sentir ciúmes, eles também provocam esse sentimento nos parceiros afetivos. Aí fica uma relação enlouquecedora onde o psicopata cobra do parceiro aquilo que não é capaz de dar. Um comportamento dúbio, onde a fala é uma e a ação é outra.
A relação é permeada pelo tumulto, uma total ausência de paz, onde os atritos são permanentes e muitas vezes provocados pela quebra de combinados, mudanças de regras e outras atitudes de teor unilateral.
Dialogar com psicopatas é muito difícil. Primeiro, porque eles nunca se sentem errados; segundo, porque sempre têm uma justificativa para tudo. Ou seja, quem acaba tendo que contemporizar é a vítima, que sempre acaba com um desgaste emocional enorme.
Não há saúde psíquica que resista à convivência com psicopatas. O afastamento acaba sendo uma questão de sobrevivência emocional. Não é simples, porém é libertador; o equivalente a sair de uma prisão.
Psicopatia não é algo distante. Pode estar ao nosso lado; em homens, mulheres, colega de trabalho, profissional renomado, nossa família ou em um par amoroso.
Iniciar uma relação com psicopata é fácil. São pessoas sedutoras, agradáveis, divertidas, boas companhias, ótimos amantes, se declaram com facilidade e fazem planos para o futuro em um curto espaço de tempo. Com toda essas características, se apaixonar é o mais provável. Parecem pessoas perfeitas, mas com o passar do tempo vai se descobrindo uma outra realidade.
Um dos traços marcantes da personalidade é a ausência de remorso e culpa. Isso os fazem reincidentes nos erros e descumpridores de combinados. São também pessoas egoístas, focadas nos próprios interesses e sem empatia (ou seja, com dificuldade de se colocar no lugar do outro). Apesar de se dizerem sinceros e verdadeiros (e exigirem isso dos outros), são mitomaníacos (mentirosos compulsivos) e quando desmascarados não ficam constrangidos; muito pelo contrário, se defendem culpando ou desqualificando quem os desmascarou. Outra dualidade reside no fato de serem pessoas doces e ao mesmo tempo cruéis. Um misto de maravilha com terror.
Não há saúde psíquica que resista à convivência com psicopatas
Muitos perguntam se há uma forma de descobrir essa característica antes de se relacionar. Seria o ideal, mas é muito difícil. As características vão se mostrando aos poucos e, muitas vezes, as pessoas não têm sagacidade suficiente para percebê-las ou, por estarem apaixonadas, acabam negligenciando comportamentos reveladores.
Um bom exemplo dessa negligência é o ciúme. Psicopatas, em geral, tanto faz se mulheres ou homens, são muito ciumentos, e isso, no começo de uma relação, é confundido com amor. Só com o tempo é que fica claro que não era amor e sim manipulação e controle. Aliás, uma coisa curiosa é que além de sentir ciúmes, eles também provocam esse sentimento nos parceiros afetivos. Aí fica uma relação enlouquecedora onde o psicopata cobra do parceiro aquilo que não é capaz de dar. Um comportamento dúbio, onde a fala é uma e a ação é outra.
A relação é permeada pelo tumulto, uma total ausência de paz, onde os atritos são permanentes e muitas vezes provocados pela quebra de combinados, mudanças de regras e outras atitudes de teor unilateral.
Dialogar com psicopatas é muito difícil. Primeiro, porque eles nunca se sentem errados; segundo, porque sempre têm uma justificativa para tudo. Ou seja, quem acaba tendo que contemporizar é a vítima, que sempre acaba com um desgaste emocional enorme.
Não há saúde psíquica que resista à convivência com psicopatas. O afastamento acaba sendo uma questão de sobrevivência emocional. Não é simples, porém é libertador; o equivalente a sair de uma prisão.
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