Ex-presidente Michel Temer deve se apresentar nesta
quinta à Polícia Federal
Agência Brasil
O ex-presidente
Michel Temer é acusado de crimes de corrupção relacionados à construção da
Usina Nuclear Angra 3
O ex-presidente da
República Michel Temer deve se apresentar à Polícia Federalm (PF) nesta
quinta-feira (9), depois que o Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2),
com sede no Rio de Janeiro, suspendeu os habeas corpus do ex-presidente e do
coronel João Baptista Lima Filho que os mantinham em liberdade. O ex-presidente
falou com a imprensa na noite dessa quarta-feira (8) em São Paulo e prometeu se
apresentar à PF. A 1ª Turma Especializada do TRF2 julgou o mérito dos habeas
corpus na tarde de ontem.
Operação
Descontaminação
Depois de terem sido
presos na Operação Descontaminação, no dia 21 de março, Temer e o Coronel Lima
foram soltos quatro dias depois, dia 25, em uma decisão liminar do
desembargador Ivan Athié, que integra a 1ª Turma do TRF2 com mais dois
desembargadores: Abel Gomes e Paulo Espírito Santo.
As defesas de Temer
e do coronel Lima pediram que eles possam se apresentar à Justiça, sem serem
capturados. Abel Gomes disse que vai expedir novos mandados de prisão e que os
dois poderão se apresentar nos locais em que preferirem.
O ex-presidente foi
preso preventivamente junto com o ex-ministro e outros acusados de integrar uma
quadrilha que cometeu crimes de corrupção relacionados à construção da Usina
Nuclear Angra 3. A pedido da defesa, após ser preso, Temer foi levado para a sede
da Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro. O ex-ministro Moreira
Franco estava preso no Batalhão Especial Prisional (BEP), em Niterói.
As prisões foram
determinadas pelo juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, que
julga os processos relacionados à Lava Jato no Rio de Janeiro.
Defesas
O advogado do
ex-presidente Michel Temer, Eduardo Pizarro Carnelós, disse, assim que terminou
a audiência, que hoje irá recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Também informou que Temer se apresentará espontaneamente à Justiça nesta
quinta, em São Paulo.
“Só posso lamentar,
porque considero uma injustiça. Não há fundamentos”, disse Carneló. Para o
advogado, a decisão do tribunal levou em conta o que chamou de “dar um exemplo
à sociedade”, mas, segundo ele, não há risco à ordem pública.
A defesa do coronel
Lima saiu sem comentar a decisão da Justiça.
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