sexta-feira, 3 de maio de 2019

A DESBUROCRATIZAÇÃO DO GOVERNO FEDERAL COMEÇA POR MINAS GERAIS


Governo federal escolhe Minas para estrear programa de desburocratização e incentivo à economia

José Vítor Camilo









 

Evento do governo federal aconteceu no Palácio Tiradentes na manhã desta sexta-feira (3)



Minas Gerais foi escolhido pelo governo federal como o primeiro Estado a receber a implantação do programa "Mobilização pelo Emprego e Produtividade", que visa mapear os entraves do desenvolvimento da economia para, em até 180 dias, serem apresentadas propostas para desburocratizar e, também, estimular a competitividade econômica no Brasil. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (3) na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte.
O evento contou com a presença do Secretário Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos Alexandre Costa, do governador Romeu Zema (Novo), de representantes da indústria e do comércio, como a Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), além de centenas de empresários de Minas.
Durante a solenidade, Costa explicou que a escolha para a estreia do programa se deve pela "certeza" de que o governo Zema vai dar certo. "Não temos a menor dúvida de que será  um governo histórico. Por isso, queremos que seja um exemplo de vitória rápida para contagiar os demais estados e municípios. É parte da nossa crença que nós precisamos descentralizar, pois são as pequenas empresas que vão fortalecer o nosso país, as prefeituras e os governos estaduais, com esse grande movimento de destravamento do desenvolvimento econômico", disse o secretário.
Conforme o secretário do governo de Jair Bolsonaro (PSL), o programa será destrinchado em quatro planos: o Simplifica +, que busca remover os obstáculos à produtividade e competitividade das empresas; o Brasil 4.0, para promover a modernização do empresariado; o plano Emprega +, que visa qualificação da mão de obra e transformação do Sistema Nacional de Emprego (Sine); e, por fim, o PRO Mercados, para incentivar a participação privada na infraestrutura econômica do país.
Questionado sobre quais medidas efetivas seriam adotadas para alcançar o tão citado "destravamento da economia", Carlos Alexandre Costa citou a simplificação do E-social e do bloco K. "Essas ferramentas foram criadas para monitorar e controlar as empresas. Estamos estudando para simplificar, retirar tudo que significa custo oculto para as empresas e que não traz benefício algum. São vários os procedimentos destas ferramentas que são assim", apontou.
Segundo ele, essa medida não deve facilitar o descumprimento do código do consumidor pelas empresas, mas sim garantir que a população tenha acesso a um produto melhor e com um preço mais baixo por conta da maior competição. "São medidas para fortalecer a escolha do consumidor, bem como dar mais poder para o trabalhador, que poderá escolher a empresa em que deseja trabalhar, sem que ela tenha tanto custo para contratá-lo", falou o secretário.
Aplicativo para ouvir empresários do país
Por fim, foi anunciado pelo Governo Federal o aplicativo Mobiliza Brasil, que deve estar disponível na próxima semana nas plataformas da Apple e do Android, mas que já pode ser acessado em seu site oficial.
O secretário Carlos Alexandre Costa explica que nessa plataforma os empresários poderão detalhar quais os maiores desafios de seu empreendimento. "Vamos mapear por cidade e estado quais são as percepções do empresariado. Esses dados serão repassados para os governos estaduais e municipais, para que as medidas necessárias sejam adotadas", finalizou.


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