sexta-feira, 1 de março de 2019

INTERINO DA VENEZUELA JUAN GUAIDÓ REUNE COM BOLSONARO


Bolsonaro diz que vai atuar para restabelecer democracia na Venezuela

Agência Brasil










O presidente Jair Bolsonaro se reuniu com o presidente autodeclarado interino da Venezuela, Juan Guaidó no Palácio do Planalto nesta quinta-feira (28)

Depois da reunião no Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro manifestou publicamente seu apoio ao presidente autodeclarado interino da Venezuela, Juan Guaidó. Em declaração à imprensa, na tarde desta quinta-feira (28), Bolsonaro afirmou que o Brasil vai atuar, dentro da legalidade, para restabelecer a democracia no país vizinho.
“Nós não pouparemos esforços dentro da legalidade, da nossa Constituição e das nossas tradições para que a democracia seja restabelecida na Venezuela. E isso só será possível com eleições limpas e confiáveis. Nos interessa uma Venezuela livre, próspera e economicamente pujante”, disse o presidente.
Bolsonaro criticou governos anteriores do Brasil por terem dado apoio ao presidente venezuelano, Nicolás Maduro. “Faço uma mea culpa aqui, porque dois ex-presidentes do Brasil fizeram parte do que está acontecendo na Venezuela hoje. Essa esquerda gosta de tanto de pobre que acabou multiplicando-os, e a igualdade buscada por eles foi por baixo. Queremos uma igualdade para cima, na prosperidade”, afirmou.
O presidente brasileiro pediu permissão para chamar Guaidó de “irmão” e afirmou que continuará apoiando as decisões do Grupo de Lima em favor da mudança de política no país vizinho, “por liberdade e democracia”. Ao final de seu pronunciamento, apertou a mão do colega.
Em seu pronunciamento, o presidente autoproclamado da Venezuela – que é o presidente da Assembleia Nacional, equivalente ao Congresso Nacional venezuelano, – agradeceu o apoio do governo brasileiro na ajuda humanitária ao país vizinho e classificou o encontro com Bolsonaro como um marco no resgate das relações entre os dois países.
“É um marco para resgatar um relacionamento positivo que beneficie nossa gente. Na Venezuela, estamos lutando por eleições livres, no marco da Constituição, democráticas”, afirmou o líder opositor, reconhecido por mais de 50 países, incluindo o Brasil, como presidente legítimo do país.
Guaidó citou também o número de 300 mil venezuelanos em situação de “emergência de morte” e outros 3 milhões em risco humanitário em decorrência da crise política e econômica que afeta o país. Para o presidente interino, a Venezuela não vive um dilema entre dois grupos ou duas ideologias, mas sim entre ditadura e democracia, entre miséria e prosperidade.
Guaidó chegou ao Brasil na madrugada desta quinta-feira. Em sua conta pessoal no Twitter, ele disse que veio ao Brasil em busca de apoio para a transição de governo na Venezuela. Antes do encontro com Bolsonaro, ele esteve com representantes diplomáticos de outros países no escritório da delegação da União Europeia, em Brasília.
Em Brasília desde a madrugada desta quinta-feira (28), o deputado Juan Guaidó, autoproclamado presidente interino da Venezuela, disse que busca apoio para o restabelecimento da democracia venezuelana e seu retorno ao país. Guaidó, que será recebido no início da tarde pelo presidente Jair Bolsonaro, esteve na representação da União Europeia, com embaixadores de nações que consideram sua interinidade como legítima.
De acordo com aliados, Guaidó conta com apoio de 52 países, incluindo Brasil e Estados Unidos. "Viemos realizar importantes reuniões de trabalho para construir as condições e a cooperação internacional em nosso caminho para a liberdade", escreveu Guidó em sua conta no Twitter.
Guaidó estava na Colômbia, onde liderou a tentativa de entrega de ajuda humanitária aos venezuelanos, recusada por Nicolás Maduro. A Suprema Corte da Venezuela proibiu Gauidó de deixar o país, e ele corre o risco de ser preso ao retornar.
O venezuelano deve ficar em Brasília até amanhã para uma série de reuniões. Ele deve se encontrar com o presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP).

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