Buscas nesta
terça-feira se concentram no ônibus localizado e na área do refeitório
Juliana Baeta – Jornal
Hoje em Dia
Bombeiros trabalham no resgate de vítimas em "zona quente" de
Brumadinho
Os bombeiros já
retomaram as buscas na manhã desta terça-feira (29). Os trabalhos se concentram
no local onde foi encontrado o segundo ônibus soterrado pela lama e na área do
refeitório onde almoçavam os funcionários da Vale pouco antes do rompimento da
barragem da Mina Córrego do Feijão.
Às 9h acontece uma reunião de alinhamento entre as forças de segurança envolvidas nas operações. O número de mortos continua sendo o último divulgado, totalizando 65 vítimas fatais, sendo 31 corpos já identificados, mas é possível que este número suba ao longo do dia no decorrer dos trabalhos.
Segundo o tenente coronel Flávio Godinho, coordenador da Defesa Civil, as chances de encontrar sobreviventes são mínimas e cada vez menores com o passar dos dias.
Doações suspensas
Godinho ainda reafirmou que não há necessidade de as pessoas fazerem mais doações às vítimas do rompimento da barragem em Brumadinho. “E não existe nenhum site oficial do Estado de Minas Gerais solicitando o aporte financeiro para socorro humanitário. Algumas pessoas têm se aproveitado deste momento para cometer estelionato, e outras acabam disseminando fake News”, conclui.
Às 9h acontece uma reunião de alinhamento entre as forças de segurança envolvidas nas operações. O número de mortos continua sendo o último divulgado, totalizando 65 vítimas fatais, sendo 31 corpos já identificados, mas é possível que este número suba ao longo do dia no decorrer dos trabalhos.
Segundo o tenente coronel Flávio Godinho, coordenador da Defesa Civil, as chances de encontrar sobreviventes são mínimas e cada vez menores com o passar dos dias.
Doações suspensas
Godinho ainda reafirmou que não há necessidade de as pessoas fazerem mais doações às vítimas do rompimento da barragem em Brumadinho. “E não existe nenhum site oficial do Estado de Minas Gerais solicitando o aporte financeiro para socorro humanitário. Algumas pessoas têm se aproveitado deste momento para cometer estelionato, e outras acabam disseminando fake News”, conclui.
O tsunami de lama
que devastou Brumadinho já é a maior tragédia de Minas em número de mortes dos
últimos 18 anos. Só na cidade da Grande BH, pelo menos 65 pessoas perderam a
vida após três minas do Córrego do Feijão ruírem na última sexta-feira. Juntos,
em quase duas décadas, outros rompimentos de barragens e desastres naturais
ocorridos no Estado registraram 46 óbitos.
Os corpos das
vítimas estão sendo levados para o Instituto Médico-Legal (IML) de Belo
Horizonte. A identificação é feita por meio das impressões digitais, arcada
dentária e exames de DNA. Na porta da unidade da polícia o clima é de muita
comoção.
O empresário Alan
Delon, de 30 anos, veio de Brumadinho a capital para reconhecer um amigo e
buscar informações sobre dois cunhados e dois primos, que estão desaparecidos.
Ao chegar ao local, ele diz que não teve acesso ao cadáver, sendo impossível
fazer o reconhecimento facial.
“Veio todo mundo
chorando no meio do caminho, chegamos aqui e não foi possível nem entrar.
Assinamos um molho de papéis a partir de um protocolo, que confirmava que ele
estava morto, por causa do estágio avançado de decomposição”, afirma.
Resgate
O número de mortes
que já é elevado pode aumentar. Pelo menos 292 pessoas estão desaparecidas. O
trabalho de resgate é bastante delicado. À medida que o tempo passa, a
esperança diminui. Segundo o comandante de Busca e Salvamento Especializado dos
Bombeiros, capitão Leonard Farah, a expectativa de encontrar sobreviventes em
ocorrências desse tipo é praticamente nula após sete dias.
“A gente sempre atua
com a probabilidade de sobrevivência. A doutrina internacional preconiza que a
gente trabalhe assim, com a hipótese de encontrar essas pessoas até sete dias
depois”, explica Farah.
Atualmente, mais de
200 militares do Corpo de Bombeiros atuam na região. A agilidade necessária, no
entanto, esbarra na dificuldade de atuação na área tomada pelos rejeitos. “A
lama não está totalmente seca. A gente ainda está afundando até a altura do
peito. Por isso, usamos a técnica de rastejar”. Além disso, os militares
colocam painéis de madeira sob o barro para caminhar em pontos com maior
perigo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário