Bolsonaro
defende Mercosul enxuto e com relevância
Agência Brasil
Bolsonaro e o presidente da Argentina, Mauricio
Macri, reuniram-se nesta quarta-feira (16) pela manhã, no Palácio do Planalto,
e conversaram sobre o aperfeiçoamento do Mercosul
O presidente Jair Bolsonaro defendeu que o Mercosul, bloco que reúne
países sul-americanos, seja mais enxuto para ganhar relevância na região.
Bolsonaro e o presidente da Argentina, Mauricio Macri, reuniram-se nesta
quarta-feira (16) pela manhã, no Palácio do Planalto, e conversaram sobre
o aperfeiçoamento do Mercosul. Macri é o atual presidente do bloco.
“Concordamos com a importância de, com os demais parceiros, Paraguai e
Uruguai, aperfeiçoar o bloco e propor nova agenda de trabalho, sempre com
sentido de urgência”, disse Bolsonaro em declaração após a reunião ampliada
entre os dois líderes e seus ministros de Estado, no Palácio do Planalto.
Para Bolsonaro, no plano interno, o Mercosul precisa valorizar a sua
tradição original, de abertura comercial, redução de barreiras e eliminação de
burocracias. “O propósito é construir um Mercosul enxuto que continue a fazer
sentido e ter relevância”, disse.
Na frente externa, os dois líderes concordaram que é preciso “concluir
rapidamente as negociações mais promissoras” que estão em andamento e iniciar
novas negociações “com criatividade e flexibilidade para recuperar o tempo
perdido”.
“Temos que criar novas oportunidades comerciais e de investimentos, a
fim de gerar prosperidade e bem-estar em nossos países”, disse o presidente
brasileiro. Entre as parcerias em negociação está o acordo do Mercosul com a
União Europeia.
Para o presidente Macri, é preciso avançar em um espaço de integração
que se “adapte aos desafios do século 21 e aproveite as oportunidades que o
mundo oferece”. Nesse sentido, o comércio é um instrumento que impulsiona esse
desenvolvimento. “Por isso, é chave agilizar e terminar as negociações em
curso. A negociação com a União Europeia requereu muito esforço e avanços como
nunca antes. Com sua chegada, temos a oportunidade de renovar o compromisso
político do Mercosul”, disse o argentino.
Outros temas
Além de Mercosul, as delegações trataram de temas diversos de interesses
entre os dois países, como combate ao crime organizado e à corrupção, assim com
defesa, ciência e tecnologia, energias renováveis e não renováveis, energia
nuclear e dinamização do comércio.
Para Bolsonaro, as reformas econômicas que Brasil e Argentina estão
levando adiante são fundamentais para o crescimento sustentável e para
revigorar o intercâmbio comercial bilateral. “A maior parte desse intercâmbio
composta de bens manufaturados de alto valor agregado que garantem empregos de
qualidade em diversos setores”, disse, reforçando a relação de amizade e
cooperação entre os dois governos.
“Falamos sempre com franqueza, como deve ser entre amigos e parceiros
estratégicos, sem qualquer viés ideológico. Não há tabus na relação bilateral,
o que nos move é a busca de resultados concretos que contribuam para o
desenvolvimento de nossos países e para o bem-estar de brasileiros e
argentinos”, ressaltou o presidente no seu discurso.
Tratado de extradição
Brasil e Argentina também assinaram nesta quarta-feira um novo
tratado de extradição para aperfeiçoar o quadro de cooperação jurídica entre
nossos dois países. Mais cedo, antes da reunião no Palácio do Planalto, o
ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, disse que o tratado
atual é antigo e a revisão vai permitir uma comunicação mais rápida.
“As formas de comunicação hoje são outras, e a percepção é de
que há uma necessidade de sempre agilizar esses mecanismos de cooperação”,
afirmou.
Nesta manhã, Moro reuniu-se com os ministros argentinos de Justiça e
Direitos Humanos, Germán Garavano, e da Segurança, Patrícia Bullrich. O tratado
anterior de extradição entre o Brasil e a Argentina foi assinado em 1961,
e o decreto de aprovação foi promulgado em 1968 no Brasil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário