Bolsonaro
embarcou neste domingo para Davos, em sua 1ª viagem internacional
Agência Brasil
O presidente pode discursar na terça-feira, num painel sobre a crise na
Venezuela
O presidente Jair Bolsonaro
embarcou neste domingo (20) às 22h para Davos, na Suíça, onde participará do
Fórum Econômico Mundial. Ele viajará acompanhado dos ministros da Economia,
Paulo Guedes; das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e da Justiça e Segurança
Pública, Sergio Moro.
Em sua 39ª edição, o
Fórum Econômico Mundial reúne a elite política e econômica global para discutir
a conjuntura mundial e estimular a cooperação entre governos e o setor privado.
Na estreia de Bolsonaro no exterior, o governo pretende vender a empresários e
a políticos a imagem de que a economia brasileira está modernizando-se, com
abertura comercial, segurança jurídica para os investidores externos e reformas
estruturais.
O presidente pode
discursar na terça-feira (22), num painel sobre a crise na Venezuela, e tem até
45 minutos reservados para falar na sessão plenária do fórum às 11h30 de
quarta-feira (23), no horário local, 8h30 em Brasília. Bolsonaro também pode
discursar no painel O Futuro do Brasil, marcado para logo após a sessão
plenária.
Na noite de terça, o
presidente terá um jantar privado com os presidentes da Colômbia, Iván Duque;
do Equador, Lenín Moreno; do Peru, Martín Vizcarra; e da Costa Rica, Carlos
Alvarado Quesada. Os cinco presidentes latino-americanos assistirão a uma
apresentação do presidente executivo da Microsoft, Satya Nadella.
Para quarta-feira
(24), está prevista a participação do presidente num almoço de trabalho sobre a
globalização 4.0, que trata da quarta revolução industrial proporcionada pela
tecnologia e é o tema do Fórum Econômico Mundial neste ano. Em seguida, a
comitiva retorna para Zurique, de onde embarca de volta para Brasília, chegando
à capital federal na manhã de quinta-feira (25).
Ministros
Os ministros terão
agendas paralelas em Davos. Paulo Guedes tem previstas reuniões com a
diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, e
encontros bilaterais com o diretor-geral da Organização Mundial do Comércio
(OMC), Roberto Azevêdo; com o presidente do Banco Interamericano de
Desenvolvimento (BID), Luis Roberto Moreno; e com o secretário-geral da Câmara
de Comércio Internacional, John Denton. O ministro da Economia também se
encontrará com o secretário de Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin.
Guedes também
pretende reunir-se com empresários das áreas de infraestrutura, logística,
energia e tecnologia e representantes de fundos de investimentos e fundos
soberanos. Nos encontros, o ministro informará que a equipe econômica trabalha
numa agenda calcada em quatro pilares: reforma da Previdência, privatizações,
reforma administrativa e abertura comercial.
Segundo o Ministério
da Economia, Guedes informará que o Brasil pretende dobrar os investimentos
(público e privados) em pesquisa, tecnologia e inovação nos próximos quatro
anos e a corrente de comércio – soma de importações e exportações – de 22% para
30% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no
país).
A abertura comercial
defendida por Guedes ocorreria de forma gradual, acompanhada de um programa de
desburocratização e de redução de impostos para empresas para não sacrificar a
indústria brasileira. A diminuição de tributos seria financiada por
privatizações e pelas reformas que conterão ou reduzirão os gastos públicos nos
próximos anos.
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