Com Bolsonaro,
Pompeo tratará sobre Venezuela, Cuba e Nicarágua
Agência Brasil
O secretário de
Estado norte-americano, Mike Pompeo, chega hoje a Brasília
O secretário de
Estado norte-americano, Mike Pompeo, chega hoje (31) a Brasília e fica na
cidade até o dia 2 quando embarca para Cartagena, na Colômbia. Ele virá para a
posse do presidente eleito, Jair Bolsonaro, e terá uma reunião exclusivamente
sobre temas comuns aos Estados Unidos e Brasil. Na pauta, a situação política
na Venezuela, Nicarágua e Cuba.
“Os Estados Unidos
trabalharão com o Brasil para apoiar os povos da Venezuela, Cuba e Nicarágua
que lutam para viver em liberdade contra regimes repressivos. Nós acolhemos o
compromisso do presidente eleito Bolsonaro de erguer-se contra tiranos”, diz o
comunicado do governo norte-americano.
Em Brasília, haverá
uma reunião de Pompeo com Bolsonaro, na qual estará o futuro ministro das
Relações Exteriores, Ernesto Araújo. Em nota, a Embaixada dos Estados Unidos
informou que a intenção é promover a “prosperidade, segurança, educação e
democracia”.
“A nossa estreita
cooperação tem o potencial de tornar nossos países mais prósperos e mais
seguros. Juntos, apoiaremos a democracia em todo o Hemisfério Ocidental”, diz a
nota.
O comunicado detalha
que Estados Unidos e Brasil, as duas maiores economias na região, com
aproximadamente US$ 100 bilhões no comércio bilateral por ano, o governo
Bolsonaro marca um novo momento. “Este novo capítulo na democracia do Brasil
apresenta-se como uma oportunidade histórica para mais prosperidade no
relacionamento bilateral entre os Estados Unidos.”
Reuniões
Pompeo também terá
encontros bilaterais com o presidente do Peru, Martin Vizcarra, e o
primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. No dia 2, ele embarca para
Cartagena onde se reúne com o presidente colombiano Ivan Duque.
Na Colômbia, o
secretário norte-americano afirmou que pretende compartilhar com Duque os
“esforços de combate às drogas, a implementação de acordos de paz, o comércio e
a resposta à crise regional resultante das desastrosas políticas” desencadeadas
pelo governo da Venezuela, Nicolás Maduro.
No comunicado da
embaixada norte-americana, há uma síntese dos objetivos da viagem de Pompeo a
Brasil e Colômbia. “Nós acolhemos essa oportunidade para forjar uma parceria
próxima e abrangente com a democracia mais populosa da América do Sul e a oitava
maior economia do mundo.”
Histórico
Os Estados Unidos
tiveram um superávit no comércio de bens com o Brasil de US$ 7,8 bilhões em
2017. De acordo com os norte-americanos, o objetivo é aumentar o comércio e os
investimentos com o Brasil, incluindo o aumento de oportunidades para negócios
americanos em tecnologia, defesa e agricultura.
“As recentes
eleições livres e justas no Brasil demonstram a estabilidade e a integridade
das instituições democráticas do país”, diz o comunicado. “Como as duas maiores
democracias no hemisfério, a nossa parceria está baseada em valores
compartilhados e compromissos com a democracia e o Estado de direito, a
segurança pública, a educação e os direitos humanos.”
Como já ocorre em
parcerias no combate ao crime transnacional, Pompeo disse que a intenção é
incrementar ainda mais as ações conjuntas: “nós procuramos aprofundar a nossa
cooperação com o Brasil e a Colômbia contra o crime organizado transnacional,
incluindo o combate às drogas, terrorismo e ameaças à paz e à segurança
internacionais como a Coreia do Norte.”
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