Equipe
ministerial está quase completa, afirma Bolsonaro
Agência Brasil
Bolsonaro defendeu a
indicação de integrantes das Forças Armadas
O presidente eleito
Jair Bolsonaro disse nesta sexta-feira (30) que sua equipe
ministerial já está quase completa. Ao falar à imprensa em Guaratinguetá, no
interior paulista, Bolsonaro afirmou que só faltavam mais dois nomes.
“Faltam dois ministérios ainda, pode ser que haja mais dois militares. Não sei
ainda, tá ok?”, ressaltou após participar da formatura de sargentos da Força
Aérea.
No entanto, mais
tarde, em Cachoeira Paulista, depois de conceder entrevista a emissoras
católicas, disse que ainda não tinha certeza de quantos nomes vão compor a
Esplanada a partir de 2019. “Vai ser próximo da metade que temos no momento”,
disse. “Eu jogo no mais baixo possível”, justificou. Inicialmente, o presidente
eleito projetou 15 ministérios, mas nos últimos dias, afirmou que devem chegar
a 22, sete a menos em relação ao número atual.
Ao ser perguntado
sobre se abrirá vagas para aliados, respondeu: “Os cargos de
ministério estão se esgotando”.
Militares
Com o anúncio do
almirante Bento Costa Lima Leite de Albuquerque Júnior para o Ministério de
Minas e Energia, até o momento, são 20 pastas, sete sob o comando de
militares. Atualmente, o governo federal conta com 29 ministérios.
Bolsonaro defendeu a
indicação de integrantes das Forças Armadas. “Eu estou escolhendo militares não
por serem militares, é pela sua formação e aquilo que fez ao longo da sua vida
enquanto estava na ativa”, destacou.
Sobre Albuquerque
Júnior, por exemplo, o presidente eleito disse que foi escolhido não só pelo
currículo, como pela disposição ao trabalho. “Só ver o currículo dele. É
físico, tem conhecimento do assunto. É uma pessoa honrada e está com muita
vontade para buscar soluções para questões graves que nós temos pela frente,
entre elas a questão de energia. Não podemos esperar o novo apagão para tomar
providências”, disse em Guaratinguetá.
Um dos nomes que
ainda devem ser escolhidos é para a pasta do meio ambiente. “Meio ambiente
tem cinco nomes, todos eles excepcionais. O que nós queremos é uma política
ambiental para preservar o meio ambiente, mas não de forma xiita como é feito
atualmente”, disse sobre a seleção que está sendo feita para a pasta.
Bolsonaro disse
ainda que as escolhas não estão necessariamente vinculadas ao apoio na campanha
ou no Congresso Nacional. “Não fiz campanha prometendo nada para ninguém”,
enfatizou, ao falar em Cachoeira Paulista.
Mesmo assim, o
futuro presidente disse estar confiante que terá apoio parlamentar.
“Vários líderes já disseram que estão conosco. A nossa agenda não é de
sacrifício para o povo, é para tirar o país da situação que se encontra. Eu
duvido líder partidário responsável ser contra nossa proposta.”
Bolsonaro:
'está fora de cogitação' país se sujeitar a outras nações
O presidente eleito
Jair Bolsonaro disse, pelo Twitter, que "está fora de cogitação" o
país se sujeitar automaticamente a um interesse externo, de outras nações.
"Sujeitar
automaticamente nosso território, leis e soberania a colocações de outras
nações está fora de cogitação. É legítimo que países no mundo defendam seus
interesses e estaremos dispostos a dialogar sempre, mas defenderemos os
interesses do Brasil e dos brasileiros", disse em mensagem na rede social.
Na
quinta-feira (29), o presidente da França, Emmanuel Macron,
afirmou que a possibilidade de seu governo apoiar o acordo
comercial entre a União Europeia (UE) e o Mercosul depende da posição
de Bolsonaro sobre o Acordo Climático de Paris. "Não podemos
pedir aos agricultores e trabalhadores franceses que mudem seus hábitos de
produção para liderar a transição ecológica e assinar acordos comerciais com
países que não fazem o mesmo. Queremos acordos equilibrados", disse
Macron, que participa da Cúpula do G20, em Buenos Aires.
Sujeitar
automaticamente nosso território, leis e soberania a colocações de outras
nações está fora de cogitação. É legítimo que países no mundo defendam seus
interesses e estaremos dispostos a dialogar sempre, mas defenderemos os
interesses do Brasil e dos brasileiros.
No último dia 28,
o presidente eleito disse que teve participação na decisão do governo
brasileiro de retirar a candidatura para sediar a COP-25 (Conferência
das Partes da Convenção do Clima das Nações Unidas), destinada a negociar a
implementação do Acordo de Paris, que ocorrerá de 11 a 22 de novembro de 2019.
O Itamaraty informou sobre a decisão ao Secretariado da Convenção-Quadro das
Nações Unidas sobre Mudança do Clima da Organização das Nações Unidas.
Bolsonaro disse que
queria evitar controvérsia entre o seu governo e setores ambientalistas sobre a
criação do corredor ecológico internacional Triplo A e ainda alegou restrições
orçamentárias. "Houve participação minha nessa decisão. Ao nosso
futuro ministro [Ernesto Araújo, indicado para o Ministério das Relações
Exteriores], eu recomendei para que evitasse a realização desse evento aqui no
Brasil. Até porque, eu peço que vocês [jornalistas] nos ajudem, está em jogo o
Triplo A. Esse acordo, que é uma grande faixa, que pega a [Cordilheira dos]
Andes, Amazônia, Atlântico, de 136 milhões de hectares, ao longo da calha dos
rios Solimões e Amazonas, que poderá fazer com que percamos nossa soberania
nessa área. Se isso for o contrapeso, nós teremos uma posição que pode
contrariar muita gente, mas vai estar de acordo com o pensamento nacional.
Então, não quero anunciar uma possível ruptura dentro do Brasil, além dos
custos, que seriam, no meu entender, bastante exagerados tendo em vista o
déficit que temos no momento", disse o presidente eleito, na ocasião.
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