Bolsonaro
reitera que alvos de denúncias comprovadas serão afastados
Agência Brasil
O presidente eleito,
Jair Bolsonaro, disse nesta quarta-feira (5) que qualquer pessoa indicada para
compor sua equipe de governo será afastada caso se torne alvo de denúncias
O presidente eleito,
Jair Bolsonaro, disse nesta quarta-feira (5) que qualquer pessoa indicada para
compor sua equipe de governo será afastada caso se torne alvo de denúncias. A
declaração do presidente eleito ocorre no momento em que o ministro Edson
Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a abertura de uma petição
autônoma específica para analisar as acusações de caixa dois feitas por
delatores da J&F envolvendo o ministro extraordinário da transição, Onyx
Lorenzoni, confirmado para assumir a Casa Civil a partir de janeiro.
"Em havendo
qualquer comprovação ou denúncia robusta contra quem quer que seja e que esteja
à altura da minha caneta, óbvio que ela será usada", respondeu Bolsonaro
sobre a possibilidade de afastar Onyx. O presidente eleito disse que se necessário
usará sua “caneta BIC” numa indicação de que pode exonerar e nomear a qualquer
momento.
Na quinta-feira (4)
Onyx divulgou nota em que afirma receber “com muita tranquilidade” a decisão de
Fachin. De acordo com o ministro, será a oportunidade para esclarecer os fatos
e a verdade de “forma definitiva”.
“Tal procedimento me
dará oportunidade de esclarecer, com a verdade e de forma definitiva, perante o
Poder Judiciário, as questões relativas ao fato, a exemplo do que já foi feito
diante da opinião pública de meu estado e da sociedade brasileira”, diz a nota.
Condecoração
O presidente eleito
foi condecorado nesta quarta-feira (05) com a Medalha do Pacificador com
Palma, entregue pelo comandante do Exército, general Eduardo Villas Boas, no
Quartel General da força, em Brasília.
A distinção é concedida a militares brasileiros que, em tempos de paz, se distinguiram por atos pessoais de abnegação, coragem e bravura, com riscos à própria vida.
A distinção é concedida a militares brasileiros que, em tempos de paz, se distinguiram por atos pessoais de abnegação, coragem e bravura, com riscos à própria vida.
Segundo o Exército,
em 1978, quando Bolsonaro era aspirante a oficial, ele impediu que um soldado
da 2° Bateria de Obuses do 21° Grupo de Artilharia de Campanha se afogasse
durante atividade de instrução militar. O soldado era Celso Moraes Luiz.
"Durante um
exercício, o soldado desapareceu na lagoa. Eu era atleta das Forças Armadas, um
bom nadador, e consegui resgatá-lo", contou Bolsonaro ao lado de Moraes. A
medalha não foi concedida antes para não acusarem o gesto de ter propósito
eleitoral.
Bolsonaro deixou o
serviço ativo do Exército em dezembro de 1988, passando à reserva remunerada com
a patente de capitão. Em 2005, já deputado federal pelo Rio de Janeiro, ele
recebeu sua primeira medalha, do Mérito Militar.
A honraria foi
reivindicada pelo próprio Bolsonaro, em 2012. Segundo a assessoria do Exército,
a demora no reconhecimento do gesto de brabura se deve ao trâmite burocrático
necessário à análise do pedido. Ainda de acordo com a assessoria da força, não
há prazo máximo estipulado para a conclusão da análise de processos deste tipo.
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