‘Colega’ pede
expulsão de Aécio Neves do PSDB
Da Redação
Segundo advogado,
Aécio aguarda a conclusão das investigações para que fique provado que as
acusações são falsas
Os desdobramentos da
Operação Ross, da Polícia Federal, que cumpriu nesta quinta-feira (20) mandados
de busca e apreensão em endereços ligados à família do senador mineiro Aécio
Neves, podem aumentar a pressão para saída do tucano do PSDB. Nesta
quinta-feira, o deputado federal Wherles Fernandes da Rocha (PSDB-AC)
protocolou na Executiva Nacional do partido uma representação, com pedido de
expulsão, contra o parlamentar, eleito em outubro deputado federal por Minas. O
pedido, segundo o site do jornal “Estado de S.Paulo”, estava pronto antes mesmo
da segunda fase da operação policial.
Vice-governador
eleito do Acre, Major Rocha, como é conhecido, alega quebra de decoro
parlamentar por parte do senador mineiro. O documento foi endereçado ao
presidente do PSDB, Geraldo Alckmin, e deve seguir para o Conselho de Ética.
Há dez dias, o
ex-presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), também não poupou
críticas ao mineiro. “Aécio já prejudicou demais o PSDB. Se essa história de
mesada for verdade, é muito, muito grave”, disse à época, se referindo à
suposta propina de R$ 50 mil mensais paga a Aécio pela JBS por meio da rádio
Arco Íris, de propriedade da família dele.
“Ferida aberta”
Em entrevista à “Folha do Acre”, o autor do pedido de expulsão alega que Aécio está envolvido em inúmeros escândalos, o que causa constrangimento aos tucanos. “Não adianta falar de corrupção se dentro do partido temos essa ferida aberta”, disse Major Rocha. Segundo ele, outros casos de expulsão estão sendo avaliados pelo partido.
A assessoria do senador mineiro informou na noite desta quinta-feira que Aécio Neves não vai se manifestar sobre a representação. Ninguém da Executiva Nacional do PSDB foi encontrado para comentar o assunto.
Operação Ross
A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira a segunda fase da operação Ross, desdobramento da “Lava Jato”, que investiga Aécio por suposto esquema de corrupção e lavagem de dinheiro. O objetivo é apurar se houve recebimento de vantagens indevidas por parte do senador, solicitadas ao grupo J&F, de Joesley Batista, entre 2014 e 2017.
“Ferida aberta”
Em entrevista à “Folha do Acre”, o autor do pedido de expulsão alega que Aécio está envolvido em inúmeros escândalos, o que causa constrangimento aos tucanos. “Não adianta falar de corrupção se dentro do partido temos essa ferida aberta”, disse Major Rocha. Segundo ele, outros casos de expulsão estão sendo avaliados pelo partido.
A assessoria do senador mineiro informou na noite desta quinta-feira que Aécio Neves não vai se manifestar sobre a representação. Ninguém da Executiva Nacional do PSDB foi encontrado para comentar o assunto.
Operação Ross
A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira a segunda fase da operação Ross, desdobramento da “Lava Jato”, que investiga Aécio por suposto esquema de corrupção e lavagem de dinheiro. O objetivo é apurar se houve recebimento de vantagens indevidas por parte do senador, solicitadas ao grupo J&F, de Joesley Batista, entre 2014 e 2017.
Os policiais
federais cumpriram mandados de busca e apreensão de documentos em endereços em
Belo Horizonte ligados ao tucano. Foram alvos da ação a casa da mãe de Aécio,
Inês Maria Toletino Neves Cunha, no Sion, o apartamento do primo dele,
Frederico Pacheco de Medeiros, no mesmo bairro, e a sede de uma empresa que já
pertenceu a Andréa Neves, irmã e braço-direito do tucano.
Frederico foi
flagrado em vídeos recebendo uma mala de dinheiro, que seria de um suposto
pagamento por parte da JBS, no ano passado.
Os mandados foram
expedidos pelo ministro Marco Aurélio Mello, relator do caso no Supremo
Tribunal Federal (STF). A autorização atendeu à solicitação da PF. Em 11 de
dezembro, o apartamento de Aécio e da irmã já haviam sido vasculhados.
Segundo a denúncia,
Aécio, que é investigado em outros nove inquéritos no STF, liderou uma suposta
organização criminosa para tentar vencer as eleições de 2014 e teria recebido
ao menos R$ 110 milhões em propina do grupo J&F.
De acordo com o
Ministério Público Federal (MPF), em troca dos recursos financeiros, Aécio
teria prometido favorecimento em um eventual governo presidencial.
Outro lado
Em relação à segunda
fase da Operação Ross, a defesa do senador Aécio Neves (PSDB) disse nesta
quinta-feira que recebeu com “surpresa e indignação” a notícia de busca na
residência da mãe do senador, Inês Maria Neves Cunha, “seja pela completa
desnecessidade e descabimento da medida, seja pela total desvinculação de sua
mãe com os fatos apurados”.
Em nota à imprensa,
o advogado Alberto Toron disse que a busca teria sido motivada por uma
“denúncia anônima” de que o imóvel teria recebido caixas com documentos no dia
da operação Ross e que esse relato é mentiroso. “É lamentável que a intimidade
de uma senhora seja afrontada dessa forma, sem que haja nada que justifique”,
protestou Toron.
Toron ressaltou que
Aécio Neves sempre esteve à disposição de todas as autoridades e que o senador
é o maior interessado na elucidação dos fatos.
Disse ainda que o político aguarda a finalização célere das investigações para que fique provado que as acusações são falsas.
Disse ainda que o político aguarda a finalização célere das investigações para que fique provado que as acusações são falsas.
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