Bolsonaro diz
a governadores que há medidas amargas, mas necessárias
Agência Brasil
Bolsonaro propôs aos
governadores um pacto a favor do Brasil
Em seu primeiro
encontro com os governadores eleitos e reeleitos em outubro, o presidente
eleito Jair Bolsonaro afirmou que, por vezes, é necessário adotar “medidas que
são um pouco amargas” para evitar o agravamento da crise no país. Ele não
detalhou que medidas são essas, mas disse que o esforço é para evitar que o
Brasil se transforme em uma Grécia. Bolsonaro lembrou que as reformas têm de
passar pela Câmara e pelo Senado e pediu a compreensão dos presentes.
“Algumas medidas são
um pouco amargas, mas nós não podemos tangenciar com a possibilidade de nos
transformarmos naquilo que a Grécia passou, por exemplo", afirmou
Bolsonaro. “Temos de buscar soluções, não apenas econômicas. Se conseguirmos
diminuir a temperatura da insegurança no Brasil, a economia começa a
fluir."
Bolsonaro destacou
as pontencialidades do país, como a riqueza mineral, a biodiversidade, o
agronegócio e o turismo. Segundo o presidente eleito, as soluções passam pelo
apoio dos estados. “Não teremos outra oportunidade de mudar o Brasil. Nós temos
que dar certo. Não teremos uma outra oportunidade pela frente. Temos que
trabalhar unidos e irmandos nesse propósito.”
Pacto
No encontro desta
quarta-feira, Bolsonaro propôs aos governadores um pacto a favor do Brasil, no
esforço de buscar soluções para os problemas e contribuir na administração das
dificuldades. O presidente eleito frisou que o pacto será negociado
"independentemente de partido [político]. A partir deste momento não
existe mais partido, nosso partido é o Brasil”, disse, sob aplausos.
Bolsonaro negou que
que o Ministério do Meio Ambiente será comandado pela atriz e escritora
Maitê Proença. De acordo com ele, o nome escolhido será o de uma pessoa que
conhece com profundidade a questão ambiental e vai focar na concessão de
licenças, que, na opinião dele, está cercada de burocracia. “Queremos preservar
o meio ambiente, mas não dessa forma que está aí.”
O presidente eleito
disse ter ouvido uma análise pertinente do futuro governador de Goiás, Ronaldo
Caiado. “Ninguém consegue entender porque o Brasil, com a riqueza que tem, está
na situação de hoje”, afirmou Bolsonaro. “Temos que destravar questões que nos
colocam em situação de atraso.”
Carta
Ao ser informado
pelo governador eleito de São Paulo, João Dória, de que as reivindicações dos
governadores serão reunidas em uma carta, Bolsonaro afirmou que vai analisar
com sua equipe cada item exposto no documento.
Ao longo desta
semana, a expectativa girou do anúncio de novos nomes para compor o primeiro
escalão do governo Bolsonaro. Além da pasta do Meio Ambiente, o presidente
eleito poderia indicar o comando dos Ministérios da Saúde e das Relações
Exteriores.
Porém, o ministro
extraordinário da transição, Onyx Lorenzoni, afirmou que não haverá novos
anúncios até sexta-feira (16).
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