Bolsonaro
prepara ‘pacotão’ de medidas e vai conversar com o Congresso
Agência Brasil
O candidato do PSL à
Presidência da República, Jair Bolsonaro (PSL), disse que, se eleito, as
propostas de governo só serão encaminhadas ao Congresso Nacional depois de
conversas com senadores e deputados federais. Ele afirmou que pretende
apresentar uma série de medidas que devem ser negociadas com os parlamentares.
“Não vamos
apresentar nada sem conversar com os parlamentares. Para ter certeza que essas
reformas serão aprovadas de forma racional pelo Parlamento.”
A afirmação foi
feita durante entrevista exclusiva à TV Band e veiculada nas redes sociais do
candidato neste domingo (21). Ele reiterou que não pretende participar de
debates, como vem cobrando seu adversário Fernando Haddad (PT).
O candidato do PSL
rebateu as acusações de envolvimento no esquema supostamente financiado por
empresários para disseminar fake news anti-PT. Segundo ele, sua campanha é
feita por simpatizantes e ele, pessoalmente, não tem amizade com empresários.
“São milhões e milhões de pessoas que trabalham pela minha candidatura. São
robôs do bem.”
Segundo Bolsonaro,
na relação do “pacotão de medidas” estão propostas que se referem à segurança
jurídica para o campo. “Não pode o fazendeiro hoje ouvir uma notícia que a
terra dele vai ser demarcada.” Ele disse que o setor produtivo precisa ter
garantias quando houver demarcação de terras ou reintegração de posse de terras.
Também examina a
possibilidade de tipificar como "terrorismo" eventuais ocupações do
Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e do Movimento dos Trabalhadores
Sem Teto (MTST). “Nós vivemos em paz e harmonia. Invasão de terra não pode
continuar acontecendo no Brasil.”
O candidato reiterou
os nomes que devem compor seu futuro ministério: o general Augusto Heleno para
Defesa, o deputado federal Onix Lorenzoni (DEM-RS) para Casa Civil, o
astronauta Marcos Pontes para Ciência e Tecnologia, e Paulo Guedes para
Economia. Ele confirmou que pretende unir os ministérios da Agricultura e do
Meio Ambiente.
Segurança
O candidato negou que pretenda atenuar punições para militares que matam em serviço. Mas confirmou que vai se empenhar para mudar a legislação atual, de acordo com as circunstâncias específicas. Ele disse que hoje há uma guerra devido à violência e que é impossível negar essa avaliação.
O candidato negou que pretenda atenuar punições para militares que matam em serviço. Mas confirmou que vai se empenhar para mudar a legislação atual, de acordo com as circunstâncias específicas. Ele disse que hoje há uma guerra devido à violência e que é impossível negar essa avaliação.
“Estamos em guerra,
ninguém nega isso, e se estamos em guerra devemos nos comportar como soldados
em combate. O militar entrando em operação, o lado do inimigo, aqueles que
portam arma de guerra, caso venham a ser abatidos, o nosso soldado deve ser
condecorado e não processado”, disse. “Não quero dar carta branca para as
Forças Armadas nem de segurança de matar”
Bolsonaro confirmou
que pretende buscar amparo jurídico para colocar as Forças Armadas no
patrulhamento de rotina nas cidades. Segundo ele, a negociação deverá ser feita
entre o Ministério da Defesa e o governador do estado onde está localizada a
cidade que precisa de segurança federal.
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