Pacto pela
segurança: TRE cria força-tarefa para evitar incidentes e combater fake news no
domingo
Lucas Borges
Representantes de
vários órgãos se reuniram ontem para garantir tranquilidade aos eleitores no
segundo turno
A dois dias do
segundo turno das eleições, o Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais
(TRE-MG) montou uma força-tarefa para garantir a segurança no dia da votação,
combater notícias falsas e evitar que incidentes que marcaram o pleito no dia 7
deste mês se repitam. Na ação concentrada, que contará com o Ministério Público
Eleitoral e as polícias Federal, Civil e Militar, a grande preocupação é evitar
as fake news. “Não vamos admitir qualquer clima de intranquilidade e o eleitor
que causar distúrbios será reprimido com rigor”, afirma o desembargador Rogério
Medeiros, vice-presidente do TRE em Minas.
O endurecimento no
combate às fake news foi anunciado um dia depois de o candidato à Presidência
da República Jair Bolsonaro (PSL) ter dito que “as urnas eletrônicas possuem
fragilidades já apontadas por especialistas” e convocado os apoiadores a
“fiscalizar” as seções de votação.
No primeiro turno
das eleições, 300 boletins de ocorrência envolvendo queixas nas seções
eleitorais foram lavrados em todo o Estado, segundo o TRE-MG. As principais
reclamações dos eleitores foram em relação ao funcionamento das urnas, dúvidas
na comprovação dos votos e denúncias de supostas fraudes nos equipamentos, já
foram descartadas pelo tribunal.
“Não vamos admitir
agressões, os excessos serão punidos”, reitera Medeiros. Ele diz que registros
de reclamação quanto à votação por parte de eleitores devem ser feitos com os
mesários e têm que constar em atas nas seções eleitorais. O eleitor que desejar
pode tirar foto do documento.
Outra opção para
registrar eventual queixa é usar o aplicativo Pardal, disponibilizado pelo
Tribunal Superior Eleitoral (TSE). No primeiro turno, a Polícia Militar foi a
responsável pelas ocorrências, o que gerou transtornos nos locais de votação.
“O presidente da
mesa, em cada seção eleitoral, é a autoridade daquele local. Tem o poder de
manter a ordem e também de receber essas declarações. Então, estão todos
(presidentes das seções) orientados a formalizar a reclamação do eleitor, que
tem que ser feita no momento da votação, ainda no recinto da seção”, pontua
Medeiros.
Caso o eleitor,
mesmo após o registro da reclamação na seção, queira lavrar o Boletim de
Ocorrência, poderá procurar algum policial nas imediações do local de votação
para registrar o fato.
Responsáveis
Segundo as autoridades que compõem a força-tarefa, as notícias falsas foram as grandes responsáveis pela insegurança e pela intranquilidade do eleitor no primeiro turno.
Segundo as autoridades que compõem a força-tarefa, as notícias falsas foram as grandes responsáveis pela insegurança e pela intranquilidade do eleitor no primeiro turno.
Para minimizar os
efeitos desse tipo de publicação, o tribunal preparou uma equipe, que ficará de
prontidão no TRE-MG, no domingo, para esclarecer o mais rapidamente possível
qualquer notícia que possa atrapalhar o andamento da eleição.
“Em relação às fake
news, é impossível ter um controle absoluto disso. O que a Justiça Eleitoral
procurou fazer desde a ocorrência do primeiro turno foi buscar o esclarecimento
do eleitor”, afirmou Pedro Bernardes, presidente do TRE-MG.
Em relação à
segurança das urnas, que também chegou a ser questionada por parte dos
eleitores no primeiro turno da disputa, Bernardes garantiu a credibilidade do
sistema. “Temos plena confiança no processo eletrônico de votação. Em 22 anos,
nunca se comprovou uma fraude. Não há possibilidade de ocorrer erro no registro
e na apuração dos votos”, diz.
“Reafirmamos nossa
confiança no sistema. Os resultados do segundo turno vão espelhar exatamente o
que os eleitores depositarem nas urnas”, reforçou o procurador regional
eleitoral, Ângelo Giardini.
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