segunda-feira, 15 de outubro de 2018

BOLSONARO CRITICA HADDAD POR SUAS IDEIAS MARXISTAS


'Fim da picada', diz Bolsonaro sobre livro, doutorado e mestrado de Haddad

Simon Nascimento









Candidato fez uma transmissão ao vivo para apresentar propostas aos eleitores

Presidenciável pelo PSL, Jair Bolsonaro criticou a tese de doutorado e a dissertação de mestrado do adversário na disputa ao Palácio do Planalto, Fernando Haddad (PT), durante transmissão ao vivo nas redes sociais neste domingo (14). Para ele, "é o fim da picada" o candidato do PT defender, em seus estudos, as teorias do alemão Karl Marx, o socialismo e políticas econômicas praticadas na extinta União Soviética.
Para obter o título de doutor em filosofia em 1996, o petista desenvolveu um estudo intitulado “De Marx a Habermas: o Materialismo Histórico e seu Paradigma Adequado”. Já na defesa do mérito de mestre em Economia, em 1990, o presidenciável do PT escreveu dissertação sobre o “Caráter Sócio-Econômico do Sistema Soviético”.
“Eu não preciso mentir sobre o Haddad. Essa tese de doutorado sobre o Marx é o fim da picada. Ainda assim vão continuar falando que eu sou um risco à democracia e não ele?”, questionou o ex-capitão do Exército Brasileiro.
Bolsonaro ainda desaprovou o livro “Em defesa do socialismo”, escrito por Haddad, em 1998. “Agora eles (Haddad e políticos do PT) se mostram pessoas maravilhosas, democratas. Dizem que estão sendo vítimas do pessoal do bolsonaro na rua, mas não vão conseguir me vencer” , disse.
Durante a live, o candidato reafirmou o desejo do posse de arma para a população se defender, além de reiterar a proposta de tornar a "invasão de propriedade" um ato "terrorista". “A posse de arma é você ter uma arma dentro de casa e poder reagir não contra o MST, mas a toda tentativa de invasão de qualquer outra pessoa. Defendo o posse de arma de fogo, e não porte - são coisas diferentes -, para que o cidadão de bem possa se defender”, completou Jair Bolsonaro.
A assessoria de Haddad foi procurada para comentar sobre as críticas, mas não atendeu aos telefonemas. Nenhum comunicado foi emitido nas redes sociais.
Deslize
Durante o pronunciamento nas redes sociais, Bolsonaro atrapalhou-se com as palavras e acabou dizendo que "foi vítima da violência que prega", em referência à facada na barriga sofrida quando fazia campanha no dia 6 de setembro em Juiz de Fora, na Zona da Mata de Minas Gerais.

Com a ajuda de um assessor que acompanhava a transmissão, o candidato corrigiu a informação. "Eu quase perdi a minha vida lá em Juiz de Fora por um ataque com arma branca. Eu sou e fui vítima da violência que eu combato", defendeu Bolsonaro que ainda brincou dizendo que a cidade mineira é a sua "segunda cidade natal".

Jair Bolsonaro diz que deverá participar de dois debates

Agência Brasil







O candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro

Utilizando as redes sociais, o candidato à Presidência da República pelo PSL, Jair Bolsonaro, rebateu as críticas sobre sua ausência e suposta fuga dos debates com o candidato do PT, Fernando Haddad. Segundo ele, após um novo exame a que será submetido no dia 18, deverá ser liberado pelos médicos para os debates e demais atividades de campanha.
“[Para] quem acha que estou fugindo de debates, estou cuidando da minha saúde. Não adianta eu debater, ter uma recaída e voltar para o hospital”, disse o candidato, que informou estar disposto a participar de pelo menos dois debates.
A resposta foi dada durante uma entrevista ao vivo ao empresário Luciano Hang, em vídeo divulgado pelo Facebook, ao comentar a acusação de que estaria fugindo de debates. A entrevista foi na quarta-feira (10). Mais uma vez, o candidato reiterou sua determinação de reduzir para 15 o número de ministérios.
Também no Facebook, Bolsonaro, em sua página, postou cinco colagens, reunindo títulos e links de reportagens antigas, de 2006 e 2009, informando que os então candidatos do PT Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff não participaram de debates. A reação é uma resposta a Haddad que tem cobrado dele a participação nos eventos.
Propostas
Após reunião com a bancada ruralista, o candidato deu a entender que pretende fundir as pastas da Agricultura e do Meio Ambiente e que o nome do ministro será sugerido pelo setor produtivo. “Tem que ser uma pessoa competente, com autoridade e que tenha iniciativa”, afirmou.
Na entrevista, Bolsonaro afirmou também que definirá o décimo terceiro salário para beneficiários do Bolsa Família e que investigará financiamentos internacionais do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Questionado sobre o programa Mais Médicos, o candidato afirmou que os estrangeiros que quiserem ingressar e tiverem a intenção de permanecer atuando no Brasil, deverão passar pelo processo de revalidação dos diplomas.
Assim como fez após o primeiro turno das eleições, Bolsonaro voltou a questionar a lisura das urnas eletrônicas e pediu a volta do voto impresso. Na quarta-feira, em visita a Lisboa, o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, destacou a confiabilidade das urnas e do processo eleitoral brasileiro.
Ato
Bolsonaro, por meio de interlocutores, convocou os eleitos pelo PSL e partidos coligados para um ato público às 14h, no Hotel Windsor, na Barra da Tijuca. Será transmitido um discurso do candidato ressaltando a importância do engajamento no segundo turno.
Nas redes sociais, Bolsonaro criticou os atos de violência cometidos por quem se diz simpatizante e apoiador de sua candidatura.

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