Europeus
apoiam acolhimento a refugiados, mas rejeitam política da EU
Agência Brasil
Três anos depois de
uma migração recorde, a maioria dos europeus apoia a política de acolhimento
aos refugiados
Pesquisa conduzida
pelo instituto Pew Research Center, com sede em Washtington (EUA), mostra que
três anos depois de uma migração recorde no mundo, que levou 1,3 milhão de
pessoas só para a Europa, a maioria dos europeus apoia a política de
acolhimento aos refugiados e discorda da forma como a União Europeia trata do
assunto.
A pesquisa foi
conduzida em dez países e oito nações de vários continentes. Na Espanha, Nova
Zelândia, Suécia e Alemanha mais de 80% dos europeus entrevistados são
favoráveis ao acolhimento dos estrangeiros que fogem da violência e fome de
seus locais de origem. No entanto o pecentual fica em torno de 75% entre os
mais resistentes, que estão na Polônia, Hungria, Itália e Grécia, sendo que o
nível de rejeição a imigrantes é o maior entre poloneses e húngaros.
Legislação
Em junho, o
Parlamento da Hungria aprovou legislação que tornava crime dar assistência a
requerentes e refugiados. A medida levou o Parlamento Europeu a discutir
sanções contra a Hungria sob a justificativa de violação aos valores
fundamentais do bloco.
Cerca de dois terços
ou mais de pessoas no México, Canadá, Austrália, Estados Unidos e Japão dizem
apoiar o acolhimento de refugiados de países onde as pessoas estão fugindo de
guerra.
Na África do Sul, na
Rússia e em Israel, as pessoas têm opiniões divergentes sobre a política de acolhimento
dos refugiados. Nas três nações, mais de 45% indicaram ter resistências à
política de acolhimento a imigrantes.
Histórico
Pesquisa anterior do
Pew Research Center mostrou que na maioria dos países da UE pesquisados prefere
que o governo local (de cada nação) e não a União Europeia tome decisões sobre
questões de migração.
O descontentamento
com a forma como a União Europeia lida com a questão dos refugiados surge no
mometo em que a Áustria está prestes a assumir o comando do bloco até ao final
deste ano. A Áustria defende medidas de restrição ao ingresso de imigrantes na
região sem autorização e que solicitem asilo.
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