PGR defende no
Supremo que prisão de Lula seja mantida
Agência Brasil
Raquel Dodge afirmou
ainda que os crimes cometidos por Lula tiveram como motivação “manter o esquema
de cartel e corrupção na Petrobras funcionando”
A procuradora-geral
da República, Raquel Dodge, defendeu nesta terça-feira (31) a rejeição do
pedido no qual o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende aguardar em
liberdade o julgamento de mais um recurso contra a condenação na Operação
"Lava Jato".
No parecer, Dodge
afirma que a prisão de Lula deve ser mantida como forma de prevenção e
repressão dos crimes cometidos pelo ex-presidente. Segundo a procuradora, pesam
contra Lula “gravíssimas e inúmeras consequências judiciais, as quais não
encontram precedentes no sistema jurídico brasileiro”.
“Luiz Inácio Lula da
Silva foi eleito para o mais alto cargo do Executivo Federal com um ferrenho
discurso anticorrupção, alardeando sua honestidade e prometendo combate aos
dilapidadores dos cofres públicos. Elegeu-se em virtude de sua retórica de
probidade e retidão. Tais fatos elevam sobremaneira o grau de censurabilidade
da conduta do recorrente e devem ser punidos à altura”, argumentou.
Raquel Dodge afirmou
ainda que os crimes cometidos por Lula tiveram como motivação “manter o esquema
de cartel e corrupção na Petrobras funcionando”.
"Os motivos dos
crimes também ensejam avaliação desfavorável ao requerente. È evidente que o
motivo dos crimes constituiu a ambição de enriquecimento desmedido e manutenção
no poder, comprometendo o correto funcionamento do processo decisório da
Petrobras, bem como interferindo e promovendo o desequilíbrio no sistema
econômico e político do país", completou.
Lula está preso na
Superintendência da Polícia Federal em Curitiba desde o dia 7 de abril, por
determinação do juiz Sérgio Moro, que ordenou a execução provisória da pena de
12 anos e um mês de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, no
caso do triplex em Guarujá (SP). A prisão foi executada com base na decisão do STF
que autorizou prisões após o fim dos recursos na segunda instância da Justiça.
O STF retoma amanhã
(1º) os trabalhos do segundo semestre após o recesso em julho, mas a data de
julgamento do recurso ainda não foi definida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário