TSE nega
pedido para obrigar cobertura de Lula em telejornais
Agência Brasil
Lula está preso
desde 7 de abril na sede da Superintendência da Polícia Federal (PF) em
Curitiba
Por 6 votos a 1, o
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu nesta terça-feira (28) negar pedido
feito pelo PT para que as emissoras de televisão façam a cobertura da campanha
presidencial do partido.
O TSE julgou o
recurso da coligação O Povo Feliz de Novo, composta pelo PT, PCdoB e PROS, que
tem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como candidato à presidência e o
ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad como vice.
Antes da decisão
desta terça, o ministro Sergio Banhos tinha rejeitado o mesmo pedido de forma
individual.
Lula está preso
desde 7 de abril na sede da Superintendência da Polícia Federal (PF) em
Curitiba, em função de sua condenação a 12 anos e um mês de prisão na ação
penal do caso do triplex em Guarujá (SP). Para o PT, como candidato registrado
no TSE, Lula tem direito de participar da cobertura jornalística das eleições.
Em tese, o
ex-presidente estaria enquadrado no artigo da Lei da Ficha Limpa que impede a
candidatura de condenados por órgãos colegiados. No entanto, o pedido de
registro e a possível inelegibilidade precisam ser analisados pelo TSE até 17
de setembro.
De acordo com o PT,
a TV Globo, Band, Record e SBT devem dar igualdade de condição a todos os
candidatos por funcionarem por meio de concessões públicas. Segundo a legenda,
Lula está liderando as pesquisas de opinião e também deve ter espaço destinado
à cobertura jornalística dos atos de campanha.
"Circunstâncias
pessoais"
Ao julgar o recurso,
por 6 votos a 1, o colegiado seguiu voto de Banhos e entendeu que as emissoras
não estão descumprindo as regras legais que impedem a concessão de tratamento
privilegiado a candidatos no rádio e na televisão.
Segundo o ministro,
“circunstâncias pessoais” impedem a cobertura jornalística da campanha do
ex-presidente. Ele afirmou que “não há agenda a ser divulgada” por Lula. O
entendimento foi acompanhado pelos ministros Luís Roberto Barroso, Tarcísio
Vieira, Edson Fachin, Rosa Weber e Jorge Mussi.
O ministro Napoleão
Nunes Maia divergiu e entendeu que entendeu que Lula está com nome registrado
nas pesquisas eleitorais, que devem ser registradas no TSE, e, por isso, deve
ter a cobertura feita pelas emissoras.
Nenhum comentário:
Postar um comentário