Trump não
comparecerá ao funeral de McCain
Agence France Presse
Morto no sábado aos
81 anos, John McCain havia solicitado especificamente que o presidente não
fosse ao seu funeral, segundo a imprensa americana
O presidente Donald
Trump não irá ao funeral de John McCain em Washington no final de semana,
confirmou o porta-voz do senador falecido.
"O presidente
não comparecerá, pelo que sabemos, ao funeral. É apenas um fato", informou
Rick Davis, antigo colaborador de McCain, em coletiva de imprensa no Arizona
Na coletiva, ele leu
uma mensagem póstuma de McCain denunciando "rivalidades tribais",
numa crítica que pareceu dirigida a Trump.
Morto no sábado aos
81 anos, John McCain havia solicitado especificamente que o presidente não
fosse ao seu funeral, segundo a imprensa americana.
O funeral oficial
será no próximo sábado na catedral da capital federal, na presença de várias
autoridades americanas e estrangeiras.
Espera-se que os
ex-presidentes Barack Obama e George W. Bush, o primeiro democrata e o segundo
republicano, pronunciem os elogios fúnebres, como pedido por McCain.
O enterro, que será
fechado para a família, será no próximo domingo no cemitério da Academia Naval
de Annapolis, a uma hora de Washington.
Na mensagem póstuma
lida por Davis, vários parágrafos parecem dedicados a Trump.
"Enfraquecemos
a nossa grandeza quando confundimos nosso patriotismo com rivalidades tribais
que geram ressentimento, ódio e violência em todo o mundo. A enfraquecemos
quando nos escondemos atrás das paredes ao invés de derrubá-las", escreveu
o senador antes de morrer.
"Não se
desesperem diante das nossas dificuldades atuais e acreditem sempre na promessa
e na grandeza dos Estados Unidos, porque não há nada inevitável. Os americanos
nunca cedem. Nunca nos rendemos. Nunca nos escondemos diante da história.
Fazemos história", acrescentou.
E concluiu:
"Morri como vivi, orgulhoso de ser americano".
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