Seis atitudes que drenam a autoestima
Simone
Demolinari
Uma boa autoestima
ocorre quando nos sentimos satisfeitos com nossas condutas e quando vivemos de
acordo com nosso código interno de valores em todos os cenários da vida:
trabalho, família, amigos e amor.
Uma autoestima alta
não tem a ver com bens materiais, status ou beleza – isso está relacionado com
a vaidade, ou seja, é algo “para fora”. Já a autoestima é “para dentro”, algo
que ocorre no silêncio da minha intimidade e sem máscaras.
Para adquirir uma boa
autoestima não existe receita pronta, contudo, um bom começo pode ser eliminar
as atitudes que sabotam o amor próprio, tais como:
1) Procrastinação:
este é um dos hábitos mais nocivos para a autoestima, pois demonstra a falta de
domínio sobre si. Quem é desorganizado e empurra tudo para ultima hora, no
fundo, não fica satisfeito com essa conduta, e acaba tendo de si um péssimo
juízo de valor. Se sente meio preguiçoso e irresponsável, mesmo que no final a
tarefa seja concluída.
2) Não tentar por
medo de errar: escolher a nulidade ao erro é jogar contra à autoestima. Quem
tenta, mesmo não acertando, sente-se melhor do que aquele que, por medo, recua
covardemente.
3) Vitimismo: convém
diferencia que vítima é aquela cuja fraqueza foi explorada; vitimista é
aquela que, para justificar sua infelicidade, estagna no sofrimento e na
reclamação. Pessoas de autoestima boa, podem até ser vítimas, contudo, jamais
se tornarão vitimistas. Viram o jogo e são mestres em “transformar o limão em
limonada”. Assumir o papel de vitimista, pode ser vantajoso num primeiro
momento, pois comove as pessoas para ajuda-lo, mas em termos de autoestima, não
contribui em nada, aliás, só piora.
4) Autodepreciação:
“nasci para sofrer”; “se tem algo que vai dar errado, pode saber que será
comigo”, “tinha que ser comigo”. Frases desse teor deveriam ser evitadas, pois
jogam a autoestima para baixo; fecha a sentença de fracasso; tem tom de
vitimismo e não traz nenhum conteúdo útil para quem ouve.
5) Consumismo: a
expressão “todo excesso esconde uma falta” tem sua razão de ser. O consumir
exageradamente pode revelar uma tentativa de obter prazer para compensar um
aspecto da vida que não vai bem. Porém, este prazer é efêmero e logo vem a
necessidade de consumir mais. Um buraco sem fundo que só traz frustração e
revela o descontrole sobre si mesmo. Uma combinação fatal para autoestima.
6) Medo da rejeição:
uma coisa é querer causar uma boa impressão através de boas condutas, outra
coisa é, por insegurança, assumir o papel de “bonzinho”, ter medo de
desagradar, ter dificuldade de falar “não” e passar por cima de si para poupar
o outro. Viver dessa maneira é invalidar a própria essência para desempenhar um
papel. Algo muito prejudicial. Nada melhor para autoestima do que ser
verdadeiro consigo e com o outro. Disse Shakespeare em Hamlet: “Seja fiel a si
mesmo e jamais precisará ser falso com ninguém”
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