Collor 2.0
Coluna Esplanada – Leandro Mazzini
Fernando Collor (PTC) hoje é candidato para valer à Presidência. Como
tem mandato de senador até 2023, não perde nada. Segundo relata a próximos, é a
chance de prestar contas da sua renúncia e da ‘perseguição’ no processo de
impeachment. Falta explicar também sua antiga relação com a Justiça. Agora, ele
é réu no Supremo Tribunal Federal na Operação Lava Jato, por suspeitas de
influência na BR.
Eita!
A Associação dos Engenheiros da Petrobras soltou carta desancando Pedro
Parente, a despeito da saída do ex-presidente. Em destaque, o documento informa
que ele “não explica por que tentou privatizar a Petrobras Distribuidora”, a
famosa BR, braço lucrativo e bilionário da petroleira.
Saldo no azul
Em outro trecho, criticam a venda de 2 mil km de dutos e a venda da
Liquigás, apesar de, segundo frisam, vetada pelo Cade. A AEPET ainda ataca o
fato de vender ativos da petroleira enquanto mantém em caixa mais de US$ 20
bilhões (!).
Doria x Alckmin
A Coluna antecipou na segunda que vem aí uma pesquisa que vai decidir o
candidato do PSDB ao Planalto. É uma Datafolha que sai domingo. João Doria pode
surgir com índices bem melhores que Geraldo Alckmin. Ou mesmo sem Doria na
sondagem os números ainda baixos do ex-governador podem deixá-lo sob risco de
não disputar.
Aluga-se
Enquanto repassa a conta da greve dos caminhoneiros para contribuintes e
corta recursos da educação e saúde, o Governo faz pouco caso da auditoria do
TCU que apontou falhas na locação de imóveis da administração pública federal.
Autonomia
O Tribunal apontou que órgãos pagam, em menos de três anos de aluguel, o
valor de construção do imóvel. À Coluna, o Ministério do Planejamento admite
que nenhuma medida foi tomada em relação à auditoria e os “órgãos têm autonomia
administrativa e orçamentária para realizar suas despesas de custeio, incluindo
as de locação”.
Padrinho
Denunciado pelo Ministério Público por suposta improbidade
administrativa, o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PDT), terá mais de
US$ 83 milhões para fomentar o turismo na capital. Os recursos foram liberados
após intensa articulação do presidente o Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE).
Celeridade
O Projeto de Resolução que autorizou o empréstimo para a prefeitura
junto ao Banco de Desenvolvimento da América Latina tramitou célere pela
Comissão de Assuntos Econômicos e plenário do Senado. Eunício e Roberto Cláudio
assinaram o contrato do financiamento no dia 4, no Ministério da Fazenda.
Eunício é candidato à reeleição.
Cabo Eleitoral
Em meio às sequelas causadas pela greve dos caminhoneiros, o presidente
Michel Temer encontra tempo para atuar como cabo eleitoral do presidenciável
Henrique Meirelles. Nos últimos dias, intensificou os contatos com caciques e
parlamentares de partidos do chamado Centrão.
Mais Uma
A senadora Ângela Portela (PDT-RR) engrossa o coro contra a indicação de
Cairo Tavares (PROS) para o comando do ICMBio. “Não se pode atrelar a indicação
a um cargo tão importante à barganha de votos no Congresso”, dispara.
Do outro lado
O ex-juiz Márlon Reis (REDE), idealizador da Lei da Ficha Limpa, estreou
bem em sua primeira eleição, com 10% dos votos válidos e um quinto lugar para
governador na eleição suplementar no Tocantins. Vai disputar o mesmo cargo em
outubro, mas avisa que não quer aliança com nenhum dos dois que foram ao
segundo turno nesta.
Discurso
“Pretendo combater as práticas oligárquicas que condenam o Estado a um
quadro profundo de corrupção”, ressalta o Márlon Reis, que terá Marina Silva em
seu palanque.
Tecnologia & eleição
Veja como a tecnologia em tempos de cofres vazios para campanhas pode
dar um empurrão nas urnas. O software SigEleitor surgiu em Curitiba e oferece
mailing e ferramentas de comunicação digitais para ampliar a divulgação, e
compartilhamento de mensagens nas redes - com monitoramento. Hoje é usado pela
Cliptime.
Termômetro
Um empresário brasileiro que mora há 30 anos em Miami, filiado ao
Partido Democrata, garante que o presidente Donald Trump arrumará uma guerra
dentro de dois anos. Precisa dar satisfação à indústria bélica financiadora de
sua campanha.
No Mais..
.isso explica, em parte, por que Trump tem metralhado alguns países com
ataques verbais. Um dia é a Coréia do Norte, outro dia a China..

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