População do
Rio sentirá mudanças na segurança em até 4 meses, diz Jungmann
Agência Brasil
Segundo Jungmann, as
mudanças serão graduais, e "existem razões para esperança"
O ministro da
Segurança Pública, Raul Jungmann, disse hoje (9) que as mudanças na segurança
pública devem ser sentidas pela população do Rio de Janeiro em até quatro
meses. Jungmann participou de uma reunião com parlamentares fluminenses na
Escola Superior de Guerra e explicou que o prazo é uma estimativa do
interventor federal na segurança do estado, general Walter Braga Netto.
"Em conversas
com o interventor Braga Netto, ele me dizia que, num espaço de até quatro
meses, ele calcula, serão sentidas as mudanças pela população. Isso não
quer dizer que terá passe de mágica", disse o ministro. Segundo Jungmann,
as mudanças serão graduais, e "existem razões para esperança".
Jungmann tinha um
encontro com o general Braga Netto na manhã desta sexta-feira, que foi
remarcado por questões de agenda. O ministro defendeou as ações integradas na
Vila Kennedy e avaliou que servem como um piloto do que será feito em outras
favelas do estado e mostram resiliência das forças de segurança contra o crime
organizado.
"Não adianta
nos desafiar, porque temos disposição de continuar", afirmou o ministro.
"É um recado de que não vamos desistir. Estamos determinados e vamos até o
fim", enfatizou.
O encontro do
ministro com os deputados federais do Rio de Janeiro começou pouco depois do
meio-dia e terminou por volta das 15h. Os parlamentares participantes integram
a comissão externa criada na Câmara para acompanhar a intervenção federal em
seu planejamento, sua execução e seus desdobramentos. A reunião contou também
com a presença do prefeito de Guapimirim, Zelito.
Ação sustentável
Integrante da comissão, o deputado Alessandro Molon (PSB-RJ) disse que os parlamentares questionaram qual era o planejamento da intervenção e os métodos que seriam utilizados, assim como o orçamento previsto. Seundo Molon, Jungmann respondeu que essas informações seriam prestadas em breve ao grupo.
Ação sustentável
Integrante da comissão, o deputado Alessandro Molon (PSB-RJ) disse que os parlamentares questionaram qual era o planejamento da intervenção e os métodos que seriam utilizados, assim como o orçamento previsto. Seundo Molon, Jungmann respondeu que essas informações seriam prestadas em breve ao grupo.
O deputado elogiou a
proposta de combate à corrupção policial e sugeriu alterações legislativas para
aprimorar as corregedorias, o que, na visão dele, permitiria que as mudanças
permaneçam. "É preciso tornar essa ação uma ação sustentável ao longo do
tempo", afirmou.
A intervenção federal
na segurança do Rio de Janeiro teve início em fevereiro e transferiu a gestão
desta área para o general Walter Braga Netto, que é o comandante militar do
Leste.
Outro decreto do
presidente Michel Temer autoriza, desde julho do ano passado, a realização de
operações de Garantia da Lei e da Ordem, como as que ocorreram nesta semana na
Vila Kennedy, integrando Forças Armadas e polícias.
Nesta manhã, os
militares participam da quarta operação integrada na Vila Kennedy, favela que
fica às margens da Avenida Brasil, na zona oeste da capital.
Mais recursos
Jungmann informou que a intervenção federal vai receber recursos novos. Segundo o ministro, esse dinheiro precisará ser remanejado de outras áreas, devido ao teto de gastos do governo federal. "Sim, vamos ter dinheiro novo. Sim, virá dinheiro a mais. E por que não se sabe, ou não se tem ainda como comunicar quanto virá? Porque esse é um trabalho que está sendo desenvolvido a quatro mãos com a equipe da área e a equipe econômica", explicou.
Mais recursos
Jungmann informou que a intervenção federal vai receber recursos novos. Segundo o ministro, esse dinheiro precisará ser remanejado de outras áreas, devido ao teto de gastos do governo federal. "Sim, vamos ter dinheiro novo. Sim, virá dinheiro a mais. E por que não se sabe, ou não se tem ainda como comunicar quanto virá? Porque esse é um trabalho que está sendo desenvolvido a quatro mãos com a equipe da área e a equipe econômica", explicou.
O ministro destacou
que a reestruturação das polícias já começou com a nomeação dos novos
comandantes da Polícia Militar e da Polícia Civil. Além disso, o Estado também
já adquiriu maior capacidade de efetuar prisões e reduziu o poderio do crime
organizado com o combate ao roubo de carga.
Jungmann afirmou que
as Forças Armadas sempre cumpriram o que foi solicitado quando estava em vigor
apenas o decreto de Garantia da Lei e da Ordem e, com a intervenção, os
militares agora atuam na reestruturação da segurança no estado. "A reestruturação
da segurança pública do Rio de Janeiro é o aspecto central, é onde se
trava a principal batalha para resgatar a sensação de segurança no Rio de
Janeiro."
Nessa
reestruturação, o ministro enfatizou a importância de combater a corrupção
policial e melhorar as condições de trabalho, equipamento e salários dos
policiais. "Os maus policiais, aqueles que estão ligados ao crime
organizado ou à corrupção, têm que deixar a corporação. É uma minoria, é
evidentemente um grupo minoritário, mas não podem continuar dentro de uma
instituição que queremos que tenha a melhor valorização e a melhor
autoestima", concluiu Jungmann.

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