Um dos maiores
carnavais de todos os tempos de BH deixa gosto de quero mais
Raul Mariano
Ana Paula Morais
mergulhou no Carnaval e desfilou em cinco blocos: “Foram dias inesquecíveis. Só
tenho a agradecer por BH ter me propiciado uma festa tão maravilhosa”
Calor, suor, ritmo,
glitter, cerveja, axé, marchinhas, sorrisos, biquínis e catuçaí. Não foram
poucos os ingredientes que ferveram dentro do caldeirão de uma das maiores
edições de todos os tempos do Carnaval de Belo Horizonte. Em quatro dias de festa,
as principais avenidas da cidade foram dominadas por milhares de foliões que
fizeram um espetáculo digno de se guardar na memória.
Os números oficiais
devem ser divulgados apenas na próxima segunda-feira, de acordo com a Belotur,
mas a impressão é a de que a expectativa de 3,6 milhões de pessoas nas ruas da
capital foi alcançada sem nenhuma dificuldade.
Desfiles de blocos
como Chama o Síndico, Quando Come se Lambuza e Então Brilha, na região
Centro-Sul da capital, fizeram BH ficar pequena diante de tantas pessoas. Na
avenida Afonso Pena, o bloco Baianas Ozadas arrastou a maior multidão da festa,
ainda sem estimativa oficial de público, segundo a Polícia Militar.
Nas regiões do
Barreiro, Venda Nova e Pampulha, os desfiles de blocos como Pena de Pavão de
Krishna, Tchanzinho Zona Norte e Beiço do Wando mostraram que a
descentralização da folia não só deu certo, como tende ficar cada vez maior.
A foliã Ana Paula
Gonçalves de Morais, de 38 anos, mergulhou tão profundamente no Carnaval de BH
que resolveu desfilar em cinco blocos neste ano. Depois de passar pelo Asa de
Banana, Havayanas Usadas, É o amor e Us Beethoven, ela ainda teve fôlego para
pular o último dia no Juventude Bronzeada, na avenida Assis Chateaubriand.
“Foram dias inesquecíveis. Só tenho a agradecer por BH ter me propiciado uma
festa tão maravilhosa. Já estou pensando nos ensaios para o Carnaval 2019 que
começam em abril”, contou.
Pacífico
Apesar do atrito
entre a Polícia Militar e integrantes do bloco Filhos de Tcha Tcha, depois do
desfile no Barreiro, na segunda-feira de Carnaval, poucas ocorrências
envolvendo episódios de violência foram registradas durante a folia, de acordo
com avaliação da PM.
Por volta das 3h da
madrugada de ontem, um jovem de 22 anos foi morto com uma facada na esquina da
rua da Bahia com Tupinambás, no Centro, após flertar com uma mulher e ser
atacado pelo namorado dela.
Para o capitão
Cristiano Araújo, assessor de imprensa da PM, os eventos negativos não
comprometeram o clima pacífico que dominou a maior parte da festa. “Estamos
satisfeitos com os resultados. Pela proporção que o Carnaval de BH teve, não
tivemos nenhum grande problema de insegurança”, afirmou.

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