Curiosidades na Bíblia
Manoel Hygino
Chegou em hora
especialmente muito própria. Refiro-me a “O Livro de Curiosidades da Bíblia”,
de Pedro Rogério Moreira. Acompanha-o belo cartão, em cores, ”Visita dos Três
Reis Magos”, com original pintado com a boca, assinado por Rosmarie Weber. O
confrade da Academia Mineira de Letras explica que o exemplar é de uma tiragem
fora do comércio, que a editora fez. Deste modo, quando vier na edição
definitiva, o livro terá passado por revisões, inclusive com a colocação do
índice remissivo no início.
O autor observa que
não pretendeu ser completo, embora fruto de releituras seguidas da Bíblia há
vinte anos. Não há propósito de difusão religiosa, muito menos compromisso com
a teologia. Com a leitura se terá uma visão geral do cenário e das personagens
que fazem da Bíblia o livro mais célebre da história da civilização.
Uma curiosidade até:
o escritor adiciona a seu nome a sua profissão – repórter. “Em primeiro lugar,
para o leitor saber que o autor não é alguém especialista em Bíblia, um
biblista, mas um bibliômano, alguém que gosta de livros, entre os quais a
Bíblia”. Em segundo lugar, porque, para selecionar os verbetes, ele utilizou as
indagações básicas que norteiam o seu antigo ofício, ou seja: O quê? Quem?
Quando? Onde? Como? – não necessariamente nessa ordem.
Agradece ao amigo
Mário Girasole, em cujas veias napolitanas corre o generoso sangue dos mecenas,
e ao pai, Vivaldi Moreira, presidente perpétuo da AML, a quem o livro é
dedicado com amor, até porque sua primeira Bíblia fora doada por ele. Antes de
ingressar no texto, Pedro Rogério cita Machado e Jorge Luís Borges, quando este
observa: “O mundo é um jogo de símbolos e cada coisa significa outra coisa”.
Assim, se poderá
antecipar o que serão os 500 verbetes à frente, objeto de curiosidade do autor
e do público interessado.
Porque Trump decidiu instalar em Jerusalém a embaixada dos Estados Unidos em Israel, recorro ao profeta Jeremias, que expressou sua angústia com a destruição da cidade pelos caldeus de Nabucodonosor, em 578 a.C. O bom repórter descreve a cena de mais de 2.900 anos atrás.
Porque Trump decidiu instalar em Jerusalém a embaixada dos Estados Unidos em Israel, recorro ao profeta Jeremias, que expressou sua angústia com a destruição da cidade pelos caldeus de Nabucodonosor, em 578 a.C. O bom repórter descreve a cena de mais de 2.900 anos atrás.
“A rua entulhada de
destroços do templo, dos prédios públicos e casas particulares”. Algumas
Bíblias modernas não trazem o texto grego do Antigo Testamento, que diz:
“depois da deportação do povo (para a Babilônia) quando Jerusalém ficou
deserta, o profeta Jeremias assentou-se a chorar; com o coração cheio de
amargura, ele gemia e lançava gritos de dor (fora da Bíblia Sagrada). Foi então
que o profeta compôs as cinco elegias que integram as chamadas Lamentações,
texto que, na versão latina da Bíblia, dá continuidade ao livro de Jeremias”.
No verbete “nascer
sobre os joelhos”, lembra que este era um modo de adotar como filho legítimo um
bebê de outra mãe. Assim, o caso de Raquel, que era estéril, mas
condescendente, aconselhou o marido: “Eis aqui minha serva Bilá; dorme com ela,
e que ela dê a luz sobre os seus joelhos”. Está em Gênesis 30:3.
Outro caso: as
montarias dos juízes eram jumentos. Jair teve trinta filhos e trinta
jumentinhos, em cima dos quais ele andava com os filhos. Abdon teve 40 filhos e
30 netos, os quais montavam setenta jumentinhos. Muito diferente de hoje, não
é?
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