Depoimento de
sobrevivente de Hiroshima marca entrega de Prêmio Nobel da Paz
Estadão Conteúdo
Setsuko Thurlow
tinha 13 anos quando a bomba atômica atingiu Hiroshima, no Japão
A Campanha
Internacional pela Abolição de Armas Nucleares (Ican, na sigla em inglês),
coalizão de organizações não-governamentais em cem países, recebeu neste
domingo (10) o Prêmio Nobel da Paz em cerimônia realizada em Oslo, na Noruega.
O evento foi marcado pelo depoimento de Setsuko Thurlow, que tinha 13 anos quando
a bomba atômica atingiu Hiroshima, no Japão. Thurlow comparou sua luta para
sobreviver em 1945 com os objetivos do grupo premiado com o Nobel.
Ela contou que a explosão em Hiroshima a deixou enterrada sob os escombros, mas que ela foi capaz de ver a luz e rastejar para um local seguro. A descrição foi feita após a entrega do prêmio, em analogia à campanha da qual Thurlow participa hoje, que busca efetivar um tratado internacional para proibir armas nucleares.
"Nossa luz agora é o tratado de proibição", disse Thurlow. "Repito as palavras que ouvi nas ruínas de Hiroshima: não desista. Continue tentando. Vê a luz? Continue se arrastando na direção dela", afirmou.
O tratado foi assinado por 56 países - nenhum deles é uma potência nuclear - e ratificado apenas por três. Para se tornar vinculante, é necessária a ratificação por 50 países.
A diretora executiva do Ican, Beatrice Fihn, que aceitou o prêmio juntamente com Thurlow, disse na cerimônia que apesar de o tratado estar distante da ratificação, "agora, finalmente, temos uma norma inequívoca contra armas nucleares". "Este é o caminho a seguir. Há apenas uma maneira de evitar o uso de armas nucleares: proibindo-as e eliminando-as".
Vencedores do Nobel em outras categorias anunciados em outubro - de literatura, física, química, medicina e economia - também devem receber os prêmios neste domingo em Estocolmo.
Ela contou que a explosão em Hiroshima a deixou enterrada sob os escombros, mas que ela foi capaz de ver a luz e rastejar para um local seguro. A descrição foi feita após a entrega do prêmio, em analogia à campanha da qual Thurlow participa hoje, que busca efetivar um tratado internacional para proibir armas nucleares.
"Nossa luz agora é o tratado de proibição", disse Thurlow. "Repito as palavras que ouvi nas ruínas de Hiroshima: não desista. Continue tentando. Vê a luz? Continue se arrastando na direção dela", afirmou.
O tratado foi assinado por 56 países - nenhum deles é uma potência nuclear - e ratificado apenas por três. Para se tornar vinculante, é necessária a ratificação por 50 países.
A diretora executiva do Ican, Beatrice Fihn, que aceitou o prêmio juntamente com Thurlow, disse na cerimônia que apesar de o tratado estar distante da ratificação, "agora, finalmente, temos uma norma inequívoca contra armas nucleares". "Este é o caminho a seguir. Há apenas uma maneira de evitar o uso de armas nucleares: proibindo-as e eliminando-as".
Vencedores do Nobel em outras categorias anunciados em outubro - de literatura, física, química, medicina e economia - também devem receber os prêmios neste domingo em Estocolmo.
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