Delegados
presos na megaoperação Fênix são exonerados
Gabriela Sales
Todos os detidos,
que são servidores da corporação, estão presos na Casa de Custódia da Polícia
Civil em Belo Horizonte
Foi
publicada no Diário Oficial de Minas Gerais, nesta quarta-feira
(20), a exoneração dos delegados investigados na Operação “Fenix”,
realizada nesta terça-feira (19), em Uberlândia, no Triângulo Mineiro. A
megaoperação, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime
Organizado (Gaeco), apura casos de corrupção, associação criminosa, roubos e
falsidade ideológica envolvendo delegados de Polícia Civil, chefes de
departamento, escrivães, investigadores, advogados e traficantes em Minas
Gerais, Cuiabá (MT) e Cascavel (PR).
A Polícia Civil
informou que todos os detidos, que são servidores da corporação, estão presos
na Casa de Custódia da Polícia Civil em Belo Horizonte. A publicação traz
ainda os nomes dos novos delegados para os cargos de chefia: o delegado-chefe
do 9º Departamento de Polícia Civil de Uberlândia, Edson Rogério de
Morais, passa a responder interinamente pelo departamento junto às funções na
1ª Delegacia Regional; o delegado-geral do 10º Departamento de Polícia
Civil de Patos de Minas será o delegado interino Luciano Alves dos Santos,
que também assume a 4ª Delegacia Regional.
Megaoperação
Nove delegados e
outras 39 pessoas, entre policiais civis, advogados e traficantes foram presos
durante uma megaoperação conta corrupção, associação criminosa, roubos e
falsidade ideológica. Ao todo, 80 pessoas foram detidas na ação. A Polícia
Civil apreendeu ainda documentos, joias, aparelhos celulares, munição de
calibre variado e armas.
A operação Fênix é
resultado de três operações distintas: Alibabá, Ouroboros e Efésios. A
Alibabá é decorrente das Operações Zeus, deflagrada pela Polícia Civil de Minas
em setembro de 2015. Na época, as investigações levaram a duas denúncias pelos
crimes de associação para o tráfico de drogas, tráfico ilícito de
entorpecentes, associação criminosa, obstrução de Justiça, receptação,
adulteração de sinal identificador de veículo automotor, fraude processual,
corrupção passiva e corrupção ativa. Ainda em 2015, a promotoria desencadeou a
segunda fase da operação 100 Anos de Perdão, que resultou no oferecimento de
sete denúncias envolvendo roubo agravado - emprego de arma, concurso de pessoas
e restrição da liberdade das vítimas -, organização criminosa, associação para
o tráfico de drogas, tráfico ilícito de entorpecentes, falsidade ideológica e
porte e comércio ilegais de armas de fogo.
No início deste ano,
um novo processo de investigação foi aberto pelo Gaeco em Uberlândia através de
delação premiada. Na época, 19 processos investigatórios foram abertos por
organização criminosa, associação criminosa, corrupção ativa, corrupção
passiva, tráfico ilícito de entorpecentes, porte e posse ilegal de arma de
fogo, falsidade Ideológica, estelionato, receptação qualificada, falso
testemunho e prevaricação.
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