Molécula-chave
da vida é 'vista' por radiotelescópio
Estadão Conteúdo
Estrutura do
isocianato de metila
A partir de observações feitas pelo
Alma, o maior radiotelescópio do mundo, dois grupos internacionais de
cientistas detectaram mais uma vez, no espaço, moléculas pré-bióticas - um dos
ingredientes necessários para a existência de vida. Desta vez, os astrônomos
descobriram o composto orgânico - isocianato de metila - em imensas nuvens de
poeira que encobrem um sistema de estrelas recém-formado, a uma distância de
400 anos-luz da Terra.
O isocianato de metila, segundo os autores, tem estrutura quimicamente semelhante à das ligações peptídicas, que fazem os aminoácidos se manterem juntos em uma proteína. Assim, a descoberta poderá ajudar os astrônomos a entenderem como a vida surgiu na Terra.
O isocianato de metila, segundo os autores, tem estrutura quimicamente semelhante à das ligações peptídicas, que fazem os aminoácidos se manterem juntos em uma proteína. Assim, a descoberta poderá ajudar os astrônomos a entenderem como a vida surgiu na Terra.
O Alma já havia detectado outras
moléculas orgânicas no espaço, como açúcares e metanol, mas os novos estudos,
publicados na revista Notices of the Royal Astronomical Society, sugerem que
moléculas orgânicas complexas podem surgir muito cedo durante a evolução de
estrelas semelhantes ao Sol.
"Depois de termos usado o Alma para detectar açúcares no espaço, agora encontramos isocianato de metila. Essa família de moléculas orgânicas está envolvida na síntese de peptídeos e aminoácidos, que, na forma de proteínas, são a base biológica para a vida como conhecemos", disse um dos autores dos estudos, Niels Ligterink, do Observatório de Leiden (Holanda).
Uma janela para o invisível
A descoberta seria impossível até mesmo para os mais potentes e sofisticados telescópios ópticos, já que eles detectam apenas a luz visível. Mas o Alma, localizado no deserto do Atacama, no Chile, foi projetado para "enxergar o invisível", ou aquilo que os astrônomos chamam de "Universo frio": o radiotelescópio detecta as fraquíssimas radiações lançadas ao espaço pelos objetos astronômicos que não emitem, nem refletem luz, como a poeira espacial.
Para estudar o que há por trás das espessas cortinas de matéria fria, um consórcio que envolve 15 países da Europa, o Chile, os Estados Unidos, Japão, Coreia do Sul e Taiwan construiu o Alma em 2013, com um investimento de 1,5 bilhão de euros. Com sua capacidade para "enxergar o Universo frio", o radiotelescópio também consegue estudar a origem das galáxias. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
"Depois de termos usado o Alma para detectar açúcares no espaço, agora encontramos isocianato de metila. Essa família de moléculas orgânicas está envolvida na síntese de peptídeos e aminoácidos, que, na forma de proteínas, são a base biológica para a vida como conhecemos", disse um dos autores dos estudos, Niels Ligterink, do Observatório de Leiden (Holanda).
Uma janela para o invisível
A descoberta seria impossível até mesmo para os mais potentes e sofisticados telescópios ópticos, já que eles detectam apenas a luz visível. Mas o Alma, localizado no deserto do Atacama, no Chile, foi projetado para "enxergar o invisível", ou aquilo que os astrônomos chamam de "Universo frio": o radiotelescópio detecta as fraquíssimas radiações lançadas ao espaço pelos objetos astronômicos que não emitem, nem refletem luz, como a poeira espacial.
Para estudar o que há por trás das espessas cortinas de matéria fria, um consórcio que envolve 15 países da Europa, o Chile, os Estados Unidos, Japão, Coreia do Sul e Taiwan construiu o Alma em 2013, com um investimento de 1,5 bilhão de euros. Com sua capacidade para "enxergar o Universo frio", o radiotelescópio também consegue estudar a origem das galáxias. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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